Prefeitura de São Paulo contrata auditoria internacional para investigar lucro dos ônibus

  • Por Jovem Pan
  • 27/03/2014 16h41

A prefeitura de São Paulo contratou uma auditoria internacional para tentar abrir a chamada “caixa preta” do setor de transportes. O objetivo é descobrir o quanto as empresas de ônibus lucram na cidade e qual é a qualidade do serviço prestado por elas atualmente.

Somente depois da análise desses dados, a administração pretende reabrir licitação para o serviço na cidade, suspensa desde o ano passado. A auditora contratada também por licitação é a Ernest & Young, que receberá R$ 4 milhões para finalizar o trabalho em quatro meses.

Fernando Haddad justifica a contratação da auditoria. “A gestão desse sistema é muito complexa. Nós estamos falando de um sistema de R$ 6 bilhões de arrecadação por ano”, diz. “A palavra de ordem é total transparência, carta branca pra verificação independente, trazer a público todos os dados relativos a transporte público na cidade de São Paulo”, espera o prefeito de São Paulo.

A expectativa é que já haja resultados concretos “antes da próxima contratação”, prevê Haddad, para dar segurança “à população, aos empresários que querem atuar no setor e, sobretudo, para os getores públicos público, de poder oferecer à cidade um serviço mais transparente e melhor”.

Apesar da queda do número de ônibus, há um aumento do número de assentos, por haver mais veículos biarticulados e triarticulados na capital paulista. Com o bilhete único há um certo controle financeiro, mas a abertura da “caixa preta” deve descobrir com profundidade os custos e os lucros do transporte, bem como o número mais exato de usuários.

Em 2013, houve uma CPI na câmara municipal de São Paulo com um objetivo semelhanta ao da auditoria, mas a conclusão a que se chegou não foi muito relevante.

Já foi feita uma análise semelhante pela mesma empresa no sistema de transportes de Belo Horizonte, em Minas Gerais.

 

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