Procuradoria da Alesp entra com ação de reintegração de posse no TJ

  • Por Jovem Pan
  • 04/05/2016 15h48
São Paulo - Um grupo de estudantes secundaristas ocupa o plenário Juscelino Kubitschek, da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Rovena Rosa/Agência Brasil) Rovena Rosa/Agência Brasil Alesp

A Procuradoria da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo entrou com pedido de ação de reintegração de posse no Tribunal de Justiça para o retorno do uso das dependências do plenário Juscelino Kubitschek.

O presidente Fernando Capez quer vencer pelo cansaço estudantes que ocupam o principal plenário da Assembleia Legislativa. Essa é a estratégia do presidente da Casa, que só permite a entrada de água e o uso dos banheiros.

A ocupação do plenário Juscelino Kubitschek é um protesto para exigir a implantação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) sobre irregularidades no fornecimento de merenda.

O presidente da Alesp, Fernando Capez, do PSDB, disse que vai fechar os acessos para impedir que o movimento se renove. “Nós vamos isolando para evitar o rodízio de estudantes protestando. Os que saíram não voltam e depois nós vamos tomar providências para que isso não aconteça mais, para que o plenário seja um local de trabalho da Casa”, disse.

Segundo Capez, o prédio foi isolado e foi dado ponto facultativo para os funcionários da Alesp.

Antes do início da entrevista com o repórter Tiago Muniz, Fernando Capez declarou que é o maior interessado na abertura das investigações em CPI.

No entanto, seu próprio partido, PSDB, não forneceu nenhuma assinatura para levar o pedido adiante. Capez preferiu responder da seguinte maneira: “eu tenho não vinte e um colegas. Tenho 21 amigos na bancada. tenho muito orgulho da bancada do PSDB. Uma bancada ética de excelentes deputados. Tenho um líder corajoso, só tenho elogios a falar da bancada do PSDB (…) Não estou decepcionado. cada um tem sua linha política e eu respeito”.

Apenas cinco CPIs podem funcionar ao mesmo tempo na Assembleia; o pedido de uma sexta CPI depende de 32 assinaturas de deputados.

Um dos acusados de envolvimento na fraude, Capez informou que, em 27 de janeiro, solicitou ao Ministério Público as investigações sobre fraude da merenda. Em seguida, entregou seu sigilo bancário à Justiça e se colocou à disposição para prestar esclarecimentos. “A investigação está andando lentamente. O interessado na investigação sou eu”.

A Operação Alba Branca começou em janeiro, mas até agora a Assembleia não analisou nenhum requerimento sobre o caso. Desde o dia 20, estudantes de Escolas Técnicas Estaduais têm realizado ocupações das Etecs cobrando a adoção de merenda nas unidades.

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