Região da Avenida Paulista deixará de receber água do Sistema Cantareira

  • Por Jovem Pan
  • 22/04/2015 16h15
SÃO PAULO, SP, 12.06.2012: CLIMA/TEMPO/SP - Vista da Av. Paulista nessa terça-feira, após uma forte neblina atingiu a capital paulista.(Foto: Nelson Antoine / Fotoarena/Folhapress Nelson Antoine/Fotoarena/Folhapress Neblina cobre a Avenida Paulista desde as primeiras horas da manhã desta terça-feira

A região da Avenida Paulista vai deixar de receber água do Cantareira até o fim do ano e passará a ser abastecida pela Guarapiranga. A Sabesp está fazendo um estudo para tentar reativar uma antiga adutora como mais uma medida para amenizar a crise hídrica no Estado.

O sistema, que atendia quase 9 milhões de pessoas, no ano passado, hoje serve cinco milhões e meio de clientes. Em entrevista ao repórter Thiago Uberreich, o secretário de Recursos Hídricos de SP, Benedito Braga, explicou que o objetivo é preservar ao máximo o Cantareira.

“Nós estamos estudando uma alternativa de utilizar uma adutora antiga que ia da região da Guarapiranga até a Paulista. Seria para reduzir a dependência desta região do Sistema Cantareira, para ter mais flexibilidade de utilização de mananciais alternativos. A população deve continuar mobilizada, colaborando”, disse.

O secretário Benedito Braga reafirmou que o quadro ainda é grave, mas seguem pequenas as chances de um racionamento em São Paulo. Já o presidente da Agência Nacional de Águas, Vicente Andreu, pretende pedir à Sabesp uma redução ainda maior das captações no Cantareira.

“Nós precisamos fazer a simulação ao final do período chuvoso que se dá em abril e aí, de comum acordo, buscar um entendimento a respeito de como garantir a segurança hídrica, uma vez que não sabemos como será o período chuvoso de 2015 e 2016. Precisamos tomar as medidas mais restritivas, com vistas à segurança hídrica, ou seja, garantir mais água no reservatório e isso eventualmente pode significar menos água na retirada para a Sabesp”, explicou.

O presidente da Agência Nacional de Águas, Vicente Andreu, lembrou ainda que a chuva foi acima da média em fevereiro e março. O nível do Cantareira ficou estável em 20,1% nas últimas 24h e a Guarapiranga teve redução de volume e está em 82,4%.

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