Sabesp realiza redução da pressão da água desde 2007, diz secretário

  • Por Jovem Pan
  • 29/07/2014 15h55
JOANÓPOLIS, SP, 24.07.2014: ABASTECIMENTO-SP - Chuva fina molha o solo rachado pela seca na represa de Jaguari, em Joanopólis (SP). O reservatório integra o Sistema Cantareira, que está com nível muito baixo. (Foto: Joel Silva/Folhapress) Joel Silva/folhapress Reservatório Cantareira

A informação de que a Sabesp está reduzindo a pressão da água durante a noite tem gerado polêmica, já que há gente considerando isso um racionamento de água. Em entrevista à Jovem Pan, o secretário de recursos hídricos, Mauro Arce, afirmou que o procedimento ocorre desde 2007 e é feito para evitar vazamentos.

“Nós já fazemos isso desde 2007 e isso é feito no mundo inteiro pra evitar exatamente o excesso de pressão que cause algum problema de vazamento e coisas desse tipo. Então, não existe nada de novo, até porque o número de reclamações com relação à falta da água nesse período é muito parecido com o que já era antes, não tem nada de novidade. O que é novidade é que o assunto água está na mídia e aí aparece”, contou o secretário.

Segundo Arce, a falta de água em alguns lugares acontece devido à instalação de cada um e, mesmo sem essa crise, o procedimento é realizado. De acordo com ele, tanto a Sabesp quanto o Estado foram notificados pelo Ministério Público Federal, que recomendou que ambos apresentem projetos para a imediata implementação do racionamento de água nas regiões atendidas pelo Sistema Cantareira. Para Arce, essa não é a melhor forma de resolver o problema e seria ruim para a população.

“O tal racionamento, o rodízio, (…) seria uma coisa extremamente complicada, principalmente para os consumidores. Pra atingir o que nós atingimos hoje, com todas essas medidas que foram tomadas, incluindo a economia feita pelos consumidores, eu precisaria ter um rodízio de 72 horas sem água e 36 horas com água. Você pode ter problema com a rede, você pode ter contaminação porque a rede fica sem pressão e dá margem à entrada de bactérias e coisas desse tipo. Então, é uma solução que, tecnicamente, não é adequada”, explicou.

Arce contou ainda que em setembro, caso as chuvas não apareçam, um volume adicional pode ser utilizado para abastecer outras regiões. Confira a entrevista completa no áudio acima.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.