Traficantes e usuários de drogas voltam a montar barracas na cracolândia

  • Por Jovem Pan
  • 26/05/2016 08h23
Marcelo Camargo / Agência Brasil Cracolândia

Traficantes de drogas voltam a montar barracas na região da cracolândia, no centro de São Paulo. O retorno ocorreu após nove meses da última operação da prefeitura na área para liberar a via pública. Desta vez, as estruturas estão sendo erguidas na Alameda Dino Bueno, entre a Rua Helvétia e o Largo Coração de Jesus.

Imagens obtidas pela Jovem Pan mostram a rua tomada pelas barracas, impedindo a passagem de pedestres e veículos. O vídeo foi gravado por comerciantes e moradores da região, assustados com a ação dos traficantes.

O presidente licenciado do Conselho Comunitário de Segurança de Santa Cecília, Fábio Fortes, ressalta que o consumo de drogas na cracolândia é abastecido por delitos cometidos no entorno: “Para manter este consumo de drogas naquela região, onde temos uma favelinha do crack, essas pessoas promovem roubos, furtos, em toda essa região. É inaceitável, não podemos mais conviver com esse caos de segurança pública, fazendo os moradores, trabalhadores e estudantes que transitam naquela região reféns de quem consome o craque”.

A Jovem Pan procurou as autoridades municipais e estaduais para buscar explicações sobre a favela do crack e a prefeitura afirmou que a Alameda Dino Bueno passa por limpeza três vezes ao dia.

O secretário de Segurança Urbana, Benedito Mariano, nega que favelas estejam sendo montadas na área: “O que existe hoje no fluxo são varais que são colocados para inibir a filmagem da venda de pedras de crack diariamente. Nas três limpezas, recolhemos todos os varais, mas estrutura de favela, como existia em 2013, eu garanto que não existe mais”.

A Secretaria de Segurança Pública, em nota, afirmou que o patrulhamento e a investigação na região foram responsáveis pelo flagrante de 140 casos de tráfico de drogas desde o início deste ano. Em 2015, segundo a pasta, foram presos 58 traficantes em 35 operações na cracolândia.

Confira a reportagem de Anderson Costa:

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