Validade da Zona Azul de papel acaba neste domingo

  • Por Estadão Conteúdo
  • 03/12/2016 14h45

Quem ainda tiver os papéis poderá pedir o reembolso dos valores até o dia 31 de janeiro de 2017 

Fotos Públicas Zona Azul - Fotos Públicas

Amanhã é o último dia para os motoristas usarem os cartões de papel de Zona Azul. Após ter adiado em 15 dias o fim da validade dos bilhetes, a Prefeitura de São Paulo decidiu iniciar a operação somente com o modelo digital na segunda-feira.

Quem ainda tiver os papéis poderá pedir o reembolso dos valores até o dia 31 de janeiro de 2017 de duas formas: por aplicativo ou presencialmente. Na primeira opção, os valores correspondentes aos talões ou folhas em papel da Zona Azul poderão ser resgatados em crédito digital para os aplicativos que estão em operação.

Já na segunda-feira, no caso em que o motorista não tenha o aplicativo, o ressarcimento será feito somente em um local: o posto da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) na Rua Senador Feijó, no centro da cidade. O ressarcimento é de R$ 4,50 por folha.

O valor máximo para recebimento em dinheiro é de R$ 450,00. Acima desse limite, o pagamento será efetuado por meio de cheque

O tempo do cartão poderá ser de 30 minutos, 1 hora, 2 horas ou 3 horas e vai variar de acordo com a localização. Também há a possibilidade de comprar um pacote de créditos com desconto: dez cartões digitais custam R$ 45.

Prorrogação. Inicialmente, os cartões de papel deixariam de ser aceitos a partir do dia 19 de novembro. A operação Zona Azul Digital existe desde julho.

A migração dos sistemas vinha causando polêmica, já que os motoristas seriam forçados a ter um celular com acesso à internet. Além disso, precisariam baixar pelo menos um dos quatro aplicativos credenciados pela Companhia de Engenharia de Tráfego para vender os novos cartões eletrônicos e ainda ter um sistema de pagamento eletrônico (cartões de débito ou crédito) – ou pagar no banco, via boleto. Como alternativa, os motoristas podem comprar cartões em postos de venda autorizados.

No dia 18, na véspera do fim dos talões de papel, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) solicitou a prorrogação da medida. O motivo foi o fato de o número de postos autorizados não ser, na avaliação da entidade, suficiente para atender toda a cidade.

Ontem, o Idec encaminhou novamente à CET uma carta solicitando um segundo adiamento do fim da validade dos cartões. Questionada sobre o recebimento, a companhia informou que analisa o pedido. Na notificação, o instituto não sugeriu uma nova data para implementação do sistema exclusivo, mas sugeriu que o serviço seja interrompido pela Prefeitura “somente após o digital estar em pleno funcionamento”.

Segundo o pesquisador em mobilidade do Idec, Rafael Calabria, o Instituto verificou que o número de pontos de venda aumentou de 60 para mais de 400. “Muitos, porém, ainda estão mal distribuídos e concentrados no centro da cidade. Áreas como Aeroporto de Congonhas, Museu do Ipiranga, Pompeia e Aclimação estão sem cobertura”, afirmou.

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