Sindicato critica vai e vem no preço da gasolina: “é uma irresponsabilidade do governo”

  • Por Diogo Patroni/Jovem Pan
  • 25/07/2017 17h13 - Atualizado em 25/07/2017 17h16
Antonio Cruz/Agência Brasil Sincopetro avalia que o prejuízo dos postos de gasolina podem chegar a R$ 4.000 por conta do sobe e desce

O sobe e desce no preço dos combustíveis tem causado uma verdadeira confusão para o brasileiro. Apesar do reajuste de R$ 0,41 ter chegado na bomba no dia seguinte à determinação presidencial, na última quinta-feira (20), a redução, conforme decisão do juiz  federal substituto da 20ª Vara Federal do Distrito Federal, Renato Borelli, ainda não deve ser sentida nessa semana. Assim, a tendência é de preços oscilantes em vários postos do País.

De acordo com o presidente do Sincopetro, José Alberto Paiva Gouveia, os valores serão mantidos para evitar prejuízos aos donos de postos. “Viramos bode expiatório desse governo irresponsável. Não há como repassar a substituição dos preços porque o imposto já foi pago, quem ficou com o dinheiro do consumidor é a Companhia, a Petrobras, não o posto”, explica Gouveia.

Gouveia salienta que o Sincopetro possui 8.700 postos de combustíveis filiados no estado de São Paulo, e com o aumento de R$ 0,41 os proprietários teriam que arcar com um prejuízo de R$ 4.000 a cada 10.000 litros de gasolina. “Não foram todos que repassaram o preço. Isso é capital de giro e o mercado tem que se resguardar de alguma forma. Eu gostaria que amanhã já pudesse baixar o preço na bomba, mas essa decisão é facultativa”, defende.

O presidente ressalta que a entidade deve se reunir com a ANP (Agência Nacional de Petróleo) para definir um valor a ser cobrado pelas distribuidoras. “A gente não sabe como agir ainda. O preço mais alto ou mais baixo é indiferente para o posto. O que não pode é ficar nessa indecisão e exigir que os postos tomem as decisões sozinhos”, argumenta.

“Somente no mês de julho, a Petrobras mudou os preços da gasolina 21 vezes, mas isso não chegou até o consumidor”, completa.

O Sincopetro também estuda formalizar um protesto junto com outros 30 sindicatos da categoria, em torno de 47.000 postos credenciados, contra o chamado “vai e vem”.

Confira a entrevista com o advogado, Carlos Alexandre Klomfahs, que impetrou a ação contra a alta nas alíquotas de PIS/Cofins cobradas na venda de combustíveis

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