“Talvez devesse ficar chorando num canto”, ironiza Bretas sobre auxílio-moradia

  • Por Jovem Pan
  • 29/01/2018 10h37 - Atualizado em 29/01/2018 12h34
Fernando Frazão/Agência Brasil Fernando Frazão/Agênci Brasil Resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) vedou o auxílio-moradia a magistrados que residem com quem receba vantagem da mesma natureza

Ativo nas redes sociais, o juiz da Lava Jato no Rio de Janeiro, Marcelo Bretas, respondeu com ironia em seu perfil no Twitter reportagem da Folha de S. Paulo que mostrou que ele pediu na Justiça o recebimento de auxílio-moradia mesmo vivendo com uma mulher, também juíza, que já recebia o benefício.

“Pois é, tenho esse ‘estranho’ hábito. Sempre que penso ter direito a algo eu VOU À JUSTIÇA e peço. Talvez devesse ficar chorando num canto, ou pegar escondido ou à força. Mas, como tenho medo de merecer algum castigo, peço na Justiça o meu direito”, escreveu Bretas, compartilhando o link da matéria.

Resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) vedou o auxílio-moradia a magistrados que residem com quem receba vantagem da mesma natureza.

Na ação em que conquistou o benefício, Bretas alegou ao lado de outros quatro juízes que a determinação do CNJ fere a Lei da Magistratura.

O magistrado ainda argumentou, em resposta a outros internautas: “eu não decido sobre isso, sou apenas ‘interessado no tema’ que, repito, é importante para pessoas que vivem de seus vencimentos”.

Respondendo ao deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP), Bretas disse: “o direito em questão foi assegurado a cada magistrado individualmente. Informo ainda que, no meu caso, foi concedido em processo judicial (público), com contraditório, proposto em face da União”.

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