40% dos motoristas correm risco de acidente por não atenderem ao recall

  • Por Jovem Pan
  • 22/06/2015 09h42
Governo do Estado do Rio de Janeiro/Divulgação/05.04.2017 GERJ Falta de peças diminuiu produção de carros no Brasil

O Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor divulgou dados de que 60% dos motoristas levam seus veículos para as alterações previstas no recall. Apesar do numero ser positivo, o diretor do órgão, Amaury Oliva, admite que o país precisa avançar no modelo de chamamento. “Nós temos trabalhado com o departamento nacional de trânsito para que ele tenha formas de dar mais amplitude a essa informação de recall, como por exemplo incluir nos documentos dos veículos a informação de que há um recall pendente”, diz.

Em entrevista ao repórter Marcelo Mattos, a Secretária Nacional do Consumidor, Juliana Pereira da Silva, lamenta que nessa área falte até laboratório de testes no País. “No caso de risco é extremamente necessário uma análise técnica, científica, e isso, no campo do automóvel, é feito a partir de um campo de crash-test, onde todos os equipamentos são testados por equipamentos preparados para isso”, e completa, “um campo de crash-test é muito caro para ser construído, mas fomos informados recentemente que o Denatran está trabalhando seriamente para essa construção”.

De 2002 até maio deste ano, foram registrados, no Brasil, 857 recalls, dos quais 76% são referentes a veículos. A Chevrolet lidera a lista com 56 recalls, a Ford, tem 49 registros e a Mercedes-Benz, 44 chamamentos ao consumidor.

A diretora da Associação Proteste, Maria Inês Dolci, defende maior controle de qualidade dos produtos, antes da colocação no mercado consumidor. “Esses produtos têm que ter maior rigor quando passam pelo controle dessa qualidade que estamos falando. O recall é uma figura importantíssima porque pode preservar vidas”, afirma.

O Ministério da Justiça firmou acordo com o Hospital das Clínicas e o Hospital São Paulo para registro de acidentes. A partir desse ponto, em todos os setores, não apenas automotivo, as causas são apuradas, possibilitando o reparo dos produtos via recall.

Ouça reportagem completa no áudio acima.

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