Setor automotivo aposta em 2015 melhor que 2014

  • Por Jovem Pan
  • 13/12/2014 11h40

Trânsito intenso na Radial Leste próximo à estação Tatuapé do metrô na manhã desta quinta

Agatha Gameiro/FuturaPress/Folhapress Trânsito na Radial Leste por causa da greve dos metroviários em São Paulo

Setor automotivo aposta em 2015 melhor mesmo tendo que enfrentar o aumento do IPI e medidas que visam restringir o consumo entre brasileiros.

O futuro pouco encorajador expõe carros populares pelo menos 4% mais caros e o possível impacto da elevação da taxa Selic, hoje em 11,75%.

Mas 2014 está sendo um ano de números tão ruins, com retração em produção, exportação e vendas, que o setor espera um 2015 um pouco melhor.

Em entrevista a Marcelo Mattos, o presidente da Anfavea, Luiz Moan, sustenta o discurso do otimismo para os próximos 12 meses. “2015 será melhor do que 2014”, avaliou. Moan acredita que os jogos da Copa e o “clima eleitoral” em setembro e outubro prejudicaram as vendas, assim como os muitos feriados.

Mesmo com as adversidades, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores ressalta a produção de 3,5 milhões de unidades em 2014.

No ano passado houve retração de 0,9% no volume de vendas, mas a produção teve elevação de 10 por cento.

Já as exportações enfrentam um fator negativo considerável: a crise na Argentina, nosso principal parceiro, reduziu as vendas pela metade nesse ano.

O ex-presidente da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva, José Edson Parro, explica por que confia num futuro melhor para o setor. “Vai entrar em recuperação logo, logo, em função do número de automóveis por habitante, e o Brasil tem uma taxa relativamente baixa”, disse.

No ano de 2014 foram fechadas cerca de 12 mil vagas de trabalho no segmento automobilístico.

Além das férias coletivas, a redução nas vendas tem levado as montadoras a suspender contratos de trabalho e incentivar planos de demissões voluntárias.

Marcelo Mattos e Clayton Ubinha

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