Marina afirma que sustentabilidade é possível no agronegócio durante sabatina

  • Por Agencia EFE
  • 02/09/2014 22h25

São Paulo, 2 set (EFE).- A candidata do PSB à presidência, Marina Silva, tachou de “injusta” a percepção de que o agronegócio é sempre contrário à preservação do meio ambiente durante uma entrevista nesta terça-feira organizada pelo jornal “O Estado de S. Paulo”.

Durante o evento que foi realizado no auditório do Grupo Estado, Marina fez questão de destacar que pretende “governar com os melhores” e disparou: “Conversar com Lula ou com FHC é muito mais fácil do que ter que dialogar com Sarney, ACM e Maluf. A velha república precisa ser deixada para trás”.

Para a candidata, a maior parte dos produtores agrícolas querem trabalhar “da forma correta”, ou seja, em consonância com os valores da sustentabilidade e da preservação do meio ambiente.

“Isso (achar que o agronegócio é contra o meio ambiente) é coisa de quem ainda está preso aos velhos modelos”, opinou Marina.

A candidata também falou sobre as reservas indígenas e defendeu a criação de um “ordenamento territorial e fundiário do país”.

“É preciso que o Brasil dê segurança jurídica fazendo o ordenamento territorial e fundiário. (Que determine) Quais são as áreas para a preservação da biodiversidade, quais são as áreas que deverão ser demarcadas para os índios e quais são as áreas que serão consolidadas para a agricultura”, disse.

De acordo com Marina, “o ordenamento territorial e fundiário nos dirá como fazer da melhor maneira possível para que as diferentes formas produtivas sejam combinadas, tanto com os pequenos quanto com os grandes agricultores”.

“O agronegócio é importante para a nossa balança comercial, sim, hoje é responsável pelo equilíbrio da nossa economia, a agricultura familiar também, mas há que se ter lugar para o extrativismo, para as populações indígenas para as populações ribeirinhas”, defendeu a candidata. EFE

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