Nasa adia para janeiro lançamento de cápsula para Estação Espacial

  • Por Agencia EFE
  • 18/12/2014 17h14

Washington, 18 dez (EFE).- A Nasa nesta quinta-feira voltou a adiar, pelo menos até 6 de janeiro, o lançamento de uma cápsula espacial projetada para abastecer a Estação Espacial Internacional (ISS), que estava prevista para este mês.

Esta é a segunda vez que o voo é atrasado. Ele inicialmente estava previsto para 16 de dezembro, mas depois foi adiado para 19 de dezembro para permitir um “tempo extra” que garantisse o sucesso da operação.

No entanto, a Nasa decidiu voltar a adiar o lançamento para dar “mais tempo” aos engenheiros da companhia SpaceX em trabalhar com o foguete Falcon 9 e a cápsula Dragon, segundo um comunicado da Agência Espacial dos Estados Unidos.

Durante esse tempo adicional, os engenheiros poderão investigar algumas das incidências que surgiram em 16 de dezembro durante um teste com o foguete Falcon 9, que mede 54,9 metros de comprimento e 3,6 metros de largura.

Ao mesmo tempo, a companhia quer evitar que a cápsula espacial não tripulada Dragon realize operações entre 28 de dezembro e 7 de janeiro, quando a ISS estará sob a luz constante do sol.

A nova data do lançamento também permitirá aos funcionários ter férias, acrescentou a agência espacial no comunicado.

Os gerentes da Nasa se reunirão em 5 de janeiro para revisar “minuciosamente” a nova tentativa de lançamento, prevista para o dia seguinte.

Essa tentativa de lançamento da cápsula acontecerá às 6h18 (local, 9h18 em Brasília) a partir do centro de Cabo Canaveral, na Flórida, embora a Nasa também tenha deixado previsto outro lançamento de reserva para 7 de janeiro se o primeiro não for realizado.

A decisão de voltar a adiar o lançamento da quinta cápsula da SpaceX foi tomada após dois acidentes recentes da indústria espacial privada, para quem a Nasa abriu espaço para a realização das missões de abastecimento da ISS.

Em outubro um foguete Antares, da Orbital Sciences explodiu pouco após partir com duas toneladas de carga para o complexo espacial e, dias mais tarde morreram dois pilotos em um voo de teste da nave espacial SpaceShipTwo, da Virgin Galactic.

Estas missões são símbolo de uma nova era para os Estados Unidos, que ao retirar sua frota de naves em 2011, perdeu a capacidade de realizar viagens tripuladas em veículos próprios e depende agora das naves russas Soyuz para enviar os seus astronautas à ISS, a um custo de US$ 70 milhões por viagem. EFE

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