Pesquisa reflete deterioração das relações raciais nos Estados Unidos

  • Por Agencia EFE
  • 17/12/2014 15h49

Nova York, 17 dez (EFE).- Apenas 40% dos americanos acreditam que as relações raciais no país são aceitavelmente boas ou muito boas, a percepção mais baixa desde 1995, segundo uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira.

A pesquisa foi realizada pelo jornal “The Wall Street Journal” e a emissora “NBC” entre 10 e 14 de dezembro, em meio aos protestos pelas últimas decisões judiciais que envolvem policiais ligados à morte de dois afro-americanos.

A pesquisa, feita com mil adultos, consultados em pessoa ou por telefone e com uma margem de erro de 3,1%, indica que 5% pensam que as relações raciais são muito boas e 35 % aceitavelmente boas.

No entanto, 34% acreditam que são bastante ruins e 23% muito ruins. O baixo nível das opiniões sobre as relações raciais é o menor desde a mesma pesquisa feita em outubro de 1995.

O “The Wall Street Journal” lembra que quando Barack Obama assumiu a presidência dos Estados Unidos, em janeiro de 2009, 77% dos indagados pensavam que as relações raciais eram muito boas ou aceitavelmente boas, e só 21% ruins.

A consulta foi feita no calor dos protestos que ocorreram por conta da decisão de não processar penalmente os policiais envolvidos na morte de Michael Brown, na cidade de Ferguson, e de Eric Garner, em Nova York.

O primeiro morreu por disparos da polícia em 9 de agosto e o segundo por uma imobilização não autorizada, aplicada no pescoço, que o levou à morte em 17 de julho.

Ao revelar as respostas dos indagados com relação ao tema raças, 41% dos brancos pensam que as relações raciais nos Estados Unidos são boas e 58% ruins.

Mas entre os americanos de raça negra, 35% pensam que são boas e 63% ruins, com poucos mudanças com relação aos dados obtidos em uma pesquisa parecida em julho do ano passado.

Por outro lado, a pesquisa indica que 31% dos consultados acreditam que a economia vai melhorar no próximo ano e 17% pensam que será pior, enquanto 51% consideram que não haverá mudanças. EFE

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