Bolsas em universidades serão restringidas para assegurar qualidade

  • Por Agencia EFE
  • 13/02/2015 15h29

Lisboa, 13 fev (EFE).- As novas regras para que os estudantes brasileiros tenha acesso a bolsas em universidades foram endurecidas para “assegurar” a qualidade dos cursos, afirmou nesta sexta-feira Paulo Speller, que foi Secretário de Educação Superior até dezembro de 2014.

Atual secretário-geral da Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, Ciência e Cultura (OEI), Speller fez a declaração em Lisboa, onde se reuniu hoje com o secretário-executivo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), Murade Murargy.

O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), por meio do qual se calcula que um quarto dos universitários brasileiros conseguem bolsas, será submetido a uma polêmica mudança de regras a partir de abril de 2015.

Entre elas, destaca um aumento da nota mínima para 450 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para o estudante ter direito ao crédito estudantil, concedido com condições mais favoráveis do que nas instituições financeiras comuns.

Para Speller, a modificação das regras procura “consolidar” o modelo de educação e obedece a duas razões.

“A primeira é assegurar a qualidade dos cursos. A segunda é dar prioridade a algumas áreas, como educação básica e a formação de professores através das licenciaturas”, disse o ex-Secretário de Educação Superior do Brasil, que participou da formulação da nova lei.

O Fies contava até 2014 com 1,9 milhão de contratos registrados e inclui mais de 1.630 instituições de educação superior, de acordo com dados oficiais.

As mudanças nas condições dos empréstimos incomodaram tanto os alunos como as instituições universitárias privadas, que alegam que os reajustes formulados pelo governo as prejudicam. EFE

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