Especialistas defendem que avaliações devem ser usadas para melhorar educação

  • Por Agencia EFE
  • 17/09/2014 22h56

São Paulo, 17 set (EFE).- Especialistas em educação infantil defenderam nesta quarta-feira que as metodologias de avaliação da educação infantil no Brasil sejam aplicadas e usadas para a melhoria do sistema educacional do país.

“Fazer uma avaliação sem a possibilidade de discussão e reavaliação de procedimentos é uma avaliação que falha na sua própria essência”, defendeu a doutora em educação pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), Catarina Moro.

Presente no Seminário Nacional de Avaliação da Educação Infantil promovido pelo banco Santander em São Paulo, a pesquisadora ressaltou ainda que o educador precisa se questionar antes de avaliar sua unidade escolar: “Se eu não for fazer nada com a avaliação, é preciso repensar se devo realmente fazer uma avaliação”, destacou a pesquisadora.

Promovido pela primeira vez pelo Santander, o Seminário de Avaliação da Educação Infantil reuniu pesquisadores e profissionais do setor para debater os desafios deste tipo de avaliação no Brasil, que esbarra, entre outras questões, na resistência dos profissionais de educação em serem monitorados e avaliados.

De acordo com a pesquisadora da Fundação Carlos Chagas, Maria Malta Campos, esse tipo de resistência é natural, mas deve ser encarado dentro de uma perspectiva ética e democrática da educação.

“Assim como a gente quer saber o que está acontecendo nos hospitais e nas universidades, a sociedade também quer saber o que está acontecendo nas nossas escolas”, ressaltou a pesquisadora, que vê a necessidade de colocar em prática os parâmetros já definidos em lei para a educação infantil.

“Existe uma distância entre o escrito e o praticado tanto no âmbito das políticas quanto no microcosmo das unidades educacionais”, ressaltou Maria, ao alertar para a necessidade de se criar ferramentas para facilitar o entendimento da legislação para a educação infantil.

“A gente pode até entender o que está escrito ali, mas não é todo mundo que lê aquelas páginas que entende o mesmo que nós acreditamos que deveria ser entendido”, destacou a pesquisadora. EFE

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