Estudantes chilenos convocam novas mobilizações contra violência policial

  • Por Agencia EFE
  • 27/05/2015 18h45

Santiago do Chile, 27 mai (EFE).- A Confederação de Estudantes do Chile (Confech) e organizações de ensino médio convocaram para amanhã, quinta-feira, uma extensa jornada de manifestações contra a violência policial e para pressionar o governo pela reforma educacional.

Os estudantes chilenos realizarão duas passeatas e uma concentração nesta quinta-feira, com o propósito de apoiar Rodrigo Áviles, o jovem que corre risco de morte após sofrer uma queda na quinta-feira passada em uma manifestação em Valparaíso, supostamente pelo impacto de um jato de água de um veículo policial.

A jornada de manifestações começará de manhã na Praça Itália, no centro de Santiago, com uma marcha convocada pela Assembleia de Estudantes do Ensino Médio (ACES) que não foi autorizada pelas autoridades municipais.

Outra organização de estudantes do ensino médio, a Coordenadoria Nacional de Estudantes do Ensino médio (CONES), organizou uma concentração e um ato cultural no Parque Bustamante, também no centro da capital.

Por outro lado, a Confech, que agrupa as federações universitárias, convocou uma manifestação contra a “violência e a exclusão” à tarde na Praça Itália, esta sim contando com a autorização das autoridades.

Valentina Saavedra, presidente da Federação de Estudantes da Universidad de Chile (FECH), afirmou em entrevista coletiva que o grupo “não só rejeita a violência nas manifestações, mas também a exclusão dos atores na discussão de reforma educacional”.

Segundo detalharam os organizadores, a jornada de mobilizações procura apoiar Rodrigo Avilês, rejeitar o uso desmedido da força por parte de policiais durante as últimas manifestações e pressionar o governo pela reforma educacional.

“Nós queremos fazer mudanças, mas aparentemente há um governo que está sendo intransigente, que cria espaços que aparentemente são um show, mas não permite avançar em nossas reivindicações”, declarou o presidente da Federação de Estudantes da Universidad Diego Portales, Nicolás Fernández. EFE

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