Maiores companhias aéreas dos EUA proíbem transporte de troféus de caça

  • Por Agencia EFE
  • 04/08/2015 06h16

Washington, 4 ago (EFE).- As principais companhias aéreas dos Estados Unidos – United Airlines, American Airlines e Delta – decidiram proibir o transporte em seus aviões de troféus de caça, após a polêmica causada pela morte do famoso leão Cecil do Zimbábue por um caçador americano.

A primeira a anunciar a medida foi a Delta, com voos diretos entre EUA e África do Sul, que revelou a entrada em vigor da proibição de transportar troféus de caça de grandes animais em comunicado emitido na segunda-feira.

“Com efeito imediato, a Delta proíbe o transporte como carga de troféus no mundo todo de leões, leopardos, elefantes, rinocerontes e búfalos”, detalhou a companhia americana.

A Delta ressaltou que até agora sua política era a de aceitar somente aqueles troféus que cumprissem “de forma estrita” com todas as regulações governamentais em relação às espécies protegidas, e antecipou que “revisará” outros troféus de caça diferentes aos dos animais mencionados.

Horas depois do comunicado da Delta, as outras duas maiores companhias aéreas dos EUA, United Airlines e American Airlines, também anunciaram proibições no transporte de troféus de caça dos cinco animais citados.

A morte do leão Cecil causada pelo americano Walter James Palmer suscitou uma onda de críticas nos EUA e nas redes sociais, enquanto vários cidadãos foram protestar na clínica do dentista residente em Minnesota, que está fechada há vários dias.

Além disso, o Serviço de Pesca e Vida Silvestre dos Estados Unidos abriu uma investigação sobre o caso, ao assegurar que “compartilha” o interesse do Zimbábue na proteção das espécies ameaçadas e para averiguar se a morte do leão pode estar conectada com uma rede ilegal de tráfico de animais.

Segundo a Força Especial para a Conservação do Zimbábue (ZCTF, na sigla em inglês), Palmer participou no último dia 6 de julho em uma caçada noturna no Parque Nacional de Hwange, no oeste do país.

O leão Cecil, de 13 anos de idade, foi atraído com uma presa amarrada a um veículo como isca para abatê-lo fora do parque, de modo que tecnicamente a caça já não seria ilegal. EFE

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