Ministro espanhol diz que Cervantes será cada vez mais ibero-americano

  • Por Agencia EFE
  • 17/07/2014 11h44

Madri, 17 jul (EFE).- O ministro das Relações Exteriores e Cooperação da Espanha, José Manuel García-Margallo, disse nesta quinta-feira que o Instituto Cervantes (IC) será “cada vez menos espanhol, no sentido estrito do termo, e mais ibero-americano”, o que possibilitará unir esforços e fazer “mais com menos recursos”.

Margallo fez esta declaração durante a inauguração de uma série de cerimônias de formação de diretores do instituto em Madri, onde defendeu que a América Latina é o “espaço natural de influência” da Espanha.

“O Instituto Cervantes, com inteligência, soube aproveitar esta coincidência em valores, cultura e princípios para expandir seu trabalho”, assinalou o ministro espanhol, que também falou sobre a assinatura de diferentes acordos com a Secretaria de Relações Exteriores do México.

Segundo Margallo, essa medida, que visa ampliar o trabalho de difusão do Cervantes, também será repetida em outros países, como Colômbia, Peru e Chile.

“A Espanha deve ter a obrigação, o dever e a oportunidade de acompanhar este processo de refundação europeia e de aproveitar as vantagens que a UE nos concede”, assinalou Margallo ao se referir à cúpula extraordinária para escolha do novo quadro diretor da União Europeia, realizada ontem em Bruxelas.

Em sua intervenção, o ministro espanhol prometeu aos diretores do Cervantes toda a “disposição” do Executivo para desenvolver seu trabalho de difusão e promoção da cultura e da língua espanhola, dizendo que o Ministério que comanda “estará por trás do que o Instituto Cervantes possa necessitar”.

Margallo também assinalou que, nos últimos tempos, a diplomacia “clássica” se uniu à diplomacia “de cooperação”, a “econômica” e também a de tipo “cultural”, as quais são relativas à difusão dos “valores essenciais” da língua e da cultura.

No entanto, o ministro reconheceu que a crise trouxe “grandes esforços” não só dos diretores dos centros que o Cervantes tem espalhados por 88 cidades de 43 países, mas a todos aqueles que têm responsabilidades “políticas”, e se mostrou convencido de que iniciativas como o Plano de Cooperação, o Plano da Marca Espanha e a Lei de Ação Exterior ajudarão essa tarefa.

Por sua parte, o diretor do Instituto Cervantes, Víctor García de la Concha, assinalou que o organismo centra atualmente seu trabalho na formação qualificada de professores e nos processos de avaliação e certidão, ressaltando que o IC trabalha “seguindo as diretrizes do Ministério ao pé da letra”. EFE

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