Ministro quer integrar sistemas de acesso ao ensino superior

  • Por Agência Brasil
  • 23/04/2015 16h10
Educação e Ensino nas Escolas Públicas: Renato Janine Ribeiro, diretor de avaliação da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, do MEC), durante entrevista; Renato é professor de filosofia da USP e cursou o ensino básico em escola pública. (São Paulo, SP, 03.06.2005, Foto: Gustavo Scatena/Equipe de Trainees/Folhapress. Negativo: SP 05429-2005) Folhapress Renato Janine Ribeiro é professor de Ética e Filosofia Política na USP

O ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, quer integrar os sistemas de acesso ao ensino superior. Segundo ele, a pasta pretende facilitar a inscrição do aluno aproveitando os dados inseridos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para os programas de acesso à universidade: o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). De acordo com o ministro, o sistema deve ser implantado no fim do ano.

“A ideia é a seguinte: não ter que três vezes entrar em três plataformas diferentes ou três vezes entrar na mesma plataforma e preencher tudo. Todos os dados já estão lá. Uma vez feita a inscrição é só afirmar, no caso de não ter sido atendido, que quer passar para uma outra oferta de programa federal de acesso ao ensino superior,” disse o ministro, que participou hoje (23) do programa Bom Dia, Ministro, produzido pela EBC Serviços em parceria com a Secretaria de Comunicação da Presidência da República.

Os três programas selecionam os estudantes com base na nota no Enem. O Sisu seleciona alunos para vagas em instituições públicas, e, segundo o ministro, é a prioridade para aqueles que querem cursar o ensino superior. Para participar, é preciso não ter tirado nota zero na redação. O ministro explica que ele será o primeiro da sequência de programas de acesso ao ensino superior.

Em seguida, o aluno que não for aprovado e preencher os requisitos, poderá concorrer ao ProUni. Para concorrer às bolsas integrais, o candidato deve comprovar renda bruta familiar, por pessoa, de até um salário mínimo e meio. Para as bolsas parciais, no valor de 50% da mensalidade, a renda bruta familiar deve ser de até três salários mínimos por pessoa.

A sequência termina com o Fies, que oferece cobertura da mensalidade de cursos em instituições privadas de ensino superior a juros de 3,4% ao ano. O estudante começa a quitar o financiamento 18 meses após a conclusão do curso. Tanto o ProUni quanto o Fies exigem pelo menos 450 pontos na média do Enem e não ter tirado nota zero na redação.

“Estamos trabalhando com a ideia de o estudante terminar o Enem, se inscreve no Sisu, conforme o resultado, se inscreve, sem ter que fazer todo o trâmite novo de inscrição, simplesmente aciona alguns comandos e transfere seu pleito para o ProUni. Se no ProUni também não for atendido, pode transferir a sua demanda para o Fies”, disse Ribeiro.

Outro programa, o Sistema de Seleção Unificada da Educação Profissional e Tecnológica (Sisutec), que seleciona estudantes para o ensino técnico, também poderá fazer parte desse sistema integrado.

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