Nova versão da Base Nacional Comum Curricular será apresentada nesta terça

Sala de Aula

 Especialistas da área da educação têm expectativas sobre a nova versão da Base Nacional Comum Curricular, que será apresentada nesta terça-feira (03), em Brasília. Esta base deverá fixar conteúdos mínimos que os estudantes terão que aprender a cada etapa da educação básica, mas tem sido alvo de críticas. Tanto que mais de 12 milhões de contribuições de todo o Brasil foram feitas de setembro do ano passado até o mês de março.

Um dos exemplos das lacunas deixadas pela proposta está no currículo de História, onde o texto ignora, por exemplo, a História Europeia e temas importantes como estudo da Grécia e da Roma antiga. Maria Helena Rolim Capelato, educadora da USP e presidente da Associação Nacional de História, diz que um documento com ponderações foi feito. Agora, a expectativa é de que o Ministério da Educação acate os aperfeiçoamentos propostos: “Antes da entrega oficial do documento, ninguém tem acesso. Só espero que realmente tenha saído uma versão bastante modificada, com a correção, sobretudo, dos pontos mais complicados”.

Ocimar Alavarse, especialista em educação da USP, diz que o assunto é extenso, as colaborações foram muitas e que há muito a discutir a partir de agora: “O que vai acontecer agora é que as pessoas que apresentaram as contribuições vão verificar se elas foram aceitas ou não. Espero que o Conselho Nacional da Educação, embora já com a tarefa jurídico-legal de elaborar essa base, de alguma forma, mantenha esse espírito, na medida do possível, acomodar essas diferenças”.

Até junho a versão final da Base precisa ser apresentada ao Conselho Nacional de Educação. A dúvida que fica, segundo os especialistas, é se o tempo é suficiente para fechar questão de um assunto tão importante e diverso.

Reportagem: Fernando Martins