Coreia do Norte deporta 3 jornalistas da BBC por não concordar com reportagens

  • Por Estadão Conteúdo
  • 09/05/2016 12h41
Ditador norte-coreano Kim Jong-un acena a soldados que escalaram EFE/EPA/KCNA SOUTH KOREA Ditador norte-coreano Kim Jong-un acena a soldados que escalaram monte mais alto da Coreia

A Coreia do Norte expulsou, nesta segunda-feira, três jornalistas da rede britânica BBC que haviam sido detidos, dias antes, por supostamente terem “insultado a dignidade” do país autoritário, que convidou dezenas de jornalistas estrangeiros para cobrir o VII Congresso do Partido dos Trabalhadores, realizado neste fim de semana pela primeira vez em 36 anos.

O jornalista Rupert Wingfield-Hayes, o cinegrafista Matthew Goddard e a produtora Maria Byrne foram detidos na sexta-feira (6) já no aeroporto, quando estavam prestes a deixar o país, e foram interrogados.

Ryong Il, secretário-geral do Comitê da Paz Nacional do Norte, disse que a cobertura de notícias de Wingfield-Hayes havia “distorcido os fatos e falou mal do sistema e da liderança do país”. Segundo o secretário-geral, Wingfield-Hayes escreveu um pedido de desculpas e logo depois foi expulso da Coreia do Norte, ficando proibido de voltar ao país. Os três chegaram em Pequim na noite desta segunda-feira (9).

Em comunicado, a BBC disse estar “desapontada que o repórter e sua equipe tenham sido deportados da Coreia do Norte depois que o governo tomou como ofensa o material que ele produziu”.

Apesar de terem sido impedidos de acompanhar o evento de perto, mais de 100 jornalistas estrangeiros foram para a Pyongyang para o encontro. A maior parte das visitas dos jornalitas foram em locais escolhidos pelo governo como hospitais, fábricas e museus. Cerca de 30 jornalistas finalmente conseguiram acompanhar os cerimoniais nesta segunda-feira (9), tendo apenas 10 minutos permitidos para adentrar no salão.

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