Dissidentes tailandeses anunciam paralisação de Bangcoc no dia 13 de janeiro

  • Por Agencia EFE
  • 02/01/2014 02h39

Bangcoc, 2 jan (EFE).- O movimento antigovernamental da Tailândia pretende paralisar totalmente a capital Bangcoc a partir do próximo dia 13 de janeiro para forçar a renúncia do governo interino e rejeitar a realização de eleições no dia 2 de fevereiro.

O líder dos protestos, Suthep Thaugsuban, convocou ontem à noite seus seguidores a participarem das manifestações que começarão no domingo, antes de dar início à paralisação da capital que, segundo disse, durará entre 5 e 20 dias.

O movimento, que já interrompeu o trânsito no centro da capital em um grande protesto no dia 15 de dezembro, pretende fazer uma paralisação ainda maior com protestos nas principais avenidas da cidade.

“Nossos seguidores de outras províncias, vocês têm 12 dias para fazer suas malas para participar da paralisação da cidade porque esta viagem e esta luta serão prolongadas”, disse Suthep em seu discurso diário no acampamento dos manifestantes.

“Qualquer um que não puder vir a Bangcoc, pode fazer o protesto em sua província. A partir de 13 de janeiro, nenhuma atividade do governo será realizada”, acrescentou.

Nos últimos dias, ativistas antigovernamentais impediram o registro de candidatos em 24 circunscrições de cinco províncias no sul do país, tradicional reduto eleitoral do Partido Democrata, de oposição ao governo, que decidiu boicotar as eleições.

Os protestos, que começaram em outubro e ganharam força em novembro, quando Suthep assumiu o comando das manifestações e ordenou a ocupação de ministérios, conseguiram a dissolução do Parlamento e a convocação de eleições antecipadas.

Os manifestantes exigem a formação de um conselho não eleito que faça reformas políticas antes da realização de eleições para pôr fim ao que chamam de “regime de Thaksin”.

O ex-primeiro-ministro, Thaksin Shinawatra, deposto em um golpe militar em 2006, venceu diretamente ou através de coligações eleitorais simpatizantes, todas as eleições desde 2001, graças ao apoio da população rural do nordeste do país que se beneficiou com suas políticas populistas.

Sua irmã, Yingluck Shinawatra, a primeira-ministra interina e favorita para revalidar a vitória alcançada com maioria absoluta em 2011, voltou a pedir reconciliação e união em sua mensagem de Ano Novo.

O governo está confiante que as eleições vão permitir que a crise seja superada. Pelo menos 53 governos de todo o mundo apoiam a solução através das urnas, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores do país. EFE

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