Apple, Google, Intel e Adobe fazem acordo de US$ 415 mi em ação trabalhista

  • Por Agencia EFE
  • 03/09/2015 20h19

San Francisco, 3 set (EFE).- Apple, Google, Intel e Adobe fizeram um acordo para pagar US$ 415 milhões e colocar um ponto final em uma ação coletiva que acusava as empresas de conspirar para não contratar os empregados das outras companhias.

Durante o processo, que teve início há quatro anos e no qual participaram 65 mil funcionários e ex-empregados do setor tecnológico, foram gerados mais de 3,2 milhões de documentos.

A juíza distrital de San José (Califórnia), Lucy Koch, afirmou ontem, apesar de a informação só ter vazado hoje, que o acordo extrajudicial é “justo, adequado e razoável” para os trabalhadores envolvidos na ação.

As quatro empresas propuseram em janeiro o pagamento dos US$ 415 milhões depois de a magistrada rejeitar os US$ 324,5 milhões oferecidos anteriormente pelas companhias.

O processo revelou como as empresas de tecnologia combinaram esforços para evitar contratar os profissionais da concorrência, o que, segundo os trabalhadores que denunciaram o caso, limitou suas possibilidades de prosperar e conseguir melhores salários.

Entre as informações vazadas há uma troca de e-mails entre o já falecido fundador da Apple, Steve Jobs, e Eric Schmidt, ex-executivo-chefe do Google e agora presidente-executivo da Alphabet, a holding recentemente criada que reúne o Google e outras seis empresas.

Nas mensagens, Jobs pede a Schimidt que impeça a contratação de um dos engenheiros da Apple: “Ficaria muito satisfeito se seu departamento de recursos humanos interromper isso”, disse Jobs a Schmidt em um e-mail enviado no dia 7 de março de 2007.

O ex-executivo-chefe do Google repassou a mensagem para o setor responsável, ordenando que a contratação não fosse confirmada.

“Acho que temos a política de não recrutar gente da Apple. Poderiam interromper isso e me dizer por que está ocorrendo? Preciso enviar uma resposta à Apple rapidamente, portanto, por favor, respondam-me o mais breve possível”, escreveu Schmidt.

Cada um dos trabalhadores receberá cerca de US$ 5.770. EFE

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