Aumento na energia é passageiro, diz Dilma em inauguração de parque eólico

  • Por Agencia EFE
  • 27/02/2015 19h09

Redação Central, 27 fev (EFE).- A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira que o aumento na conta de luz é passageiro e se deve ao período de seca que o país enfrenta, e pediu à população “desperdício zero” de energia.

Dilma fez estas declarações em Santa Vitória do Palmar (RS), onde inaugurou o Parque Eólico de Geribatu, um dos três que compõem Campos Neutrais, o maior complexo eólico da América Latina.

“Você só vai usar ela (energia térmica), porque é mais cara, quando você precisar. Nós estamos precisando. Os aumentos nos preços da energia são passageiros, estão em função do fato que o país enfrenta a maior falta de água dos últimos 100 anos”, afirmou.

Em seu discurso, a presidente ressaltou a importância de “defender o atual papel do consumo racional de energia”.

“Consumo racional de energia é aquele que signfica não desperdiçar. Desperdicio zero. Diversificação da matriz, mais desperdício zero, é a garantia de segurança do país”, disse.

“Não tem porque a geladeira ficar aberta se você não está usando, nem deixar o chuveiro ligado quando não está usando. Não tem porque a gente jogar fora a energia que custa tanto produzir”, acrescentou.

O Parque Eólico Geribatu será capaz de produzir 250 megawatts de energia e atenderá o consumo energético de 1,5 milhão de habitantes. Junto com os sistemas de transmissão, exigiu investimentos de cerca de R$ 2 bilhões.

Composto por este e mais dois parques que ainda estão em obras (Chuí e Hermenegildo), o complexo de Campos Neutrais terá capacidade total de 583 megawatts.

O Brasil é o quarto país que mais investiu neste tipo de energia, atrás de China, Alemanha e Estados Unidos, segundo dados do Conselho Global de Energia Eólica.

Os parques eólicos do Brasil somavam, no final de janeiro, uma capacidade de geração de 4.888 megawatts, o que representa 3,7% da matriz energética do país, que continua muito concentrada na hidrelétrica (66% do total). EFE

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