Brasil propõe transformar aeroporto uruguaio na fronteira em binacional

  • Por Agencia EFE
  • 27/05/2015 20h07

Montevidéu, 27 mai (EFE).- O Uruguai recebeu do Brasil uma proposta para transformar em binacional o Aeroporto Internacional de Rivera, no norte do Uruguai e quase na fronteira entre os dois países, para melhorar a aeronavegação da região, disse nesta quarta-feira a ministra de Indústria uruguaia, Carolina Cosse.

Para a titular de Energia e Mineração, a iniciativa é uma “contribuição relevante para o desenvolvimento do país e para a integração regional”. Para o diretor nacional de Aviação Civil (Dinacia), Antonio Alarcón, se trata de uma modalidade inédita na América.

Eles participaram da Junta Nacional de Aeronáutica Civil que se reuniu hoje no Ministério de Transporte e Obras Públicas (MTOP), em Montevidéu.

Alarcón disse ao término da reunião que a proposta do Ministério de Aviação Civil brasileiro foi recebido há aproximadamente um mês e reconheceu que o projeto exige uma análise profunda porque há vários atores que interagem dentro do sistema operacional do aeroporto.

Estes são relacionados com segurança, migração, alfândega, procedimentos de embarque e tratamento aos passageiros.

“Recebemos a proposta com simpatia porque potencializaria o norte do país e demandaria nova infraestrutura aeroportuária”, ressaltou Alarcón.

A proposta faz parte de um projeto do governo brasileiro de estimular a aviação regional no país vizinho.

“Em Livramento (Brasil, junto à fronteira) não há aeroporto e o mais próximo é na cidade de Pelotas, por isso pensaram na possibilidade de transformar o de Rivera em binacional”, analisou o diretor do Dinacia.

Além disso, de acordo com a análise uruguaia, o Brasil considerou uma série de medidas próprias para estimular as companhias aéreas regionais a operar ali e, dessa maneira, garantir transporte à região sul do país.

Neste sentido, Alarcón antecipou que será necessário definir se seria de caráter binacional ou de operação binacional e resolver aspectos que têm a ver com a segurança do aeroporto, a operabilidade, a proteção aos voos e os protocolos de utilização.EFE

rgm/cd

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