Consumo das famílias volta a crescer após nove trimestres

  • Por Agência IBGE
  • 01/09/2017 09h38
Tânia Rêgo/ABr Inflação alimentos - senhora avalia produto geladeira de supermercado

Com alta de 1,4% na comparação entre o primeiro e o segundo trimestre de 2017, o consumo das famílias voltou a registrar crescimento. No trimestre passado, o indicador havia mostrado estabilidade (0,0%), e, neste segundo trimestre, registrou o primeiro crescimento em nove trimestres.

“O comércio, pelo lado da oferta, e o consumo das famílias, pelo lado da demanda, foram as principais influências para a variação positiva de 0,2% do PIB”, destaca Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE.

Na comparação com o segundo trimestre de 2016, o consumo das famílias também voltou a crescer (0,7%), após nove trimestres em queda.

O crescimento nas despesas de consumo das famílias foi influenciado pela evolução de alguns indicadores macroeconômicos ao longo do trimestre, como a desaceleração da inflação, a redução da taxa básica de juros e o crescimento, em termos reais, da massa salarial.

No entanto, Rebeca ressalta que é preciso olhar também para as outras comparações: “no primeiro semestre, o consumo das famílias ainda está em queda, com -0,6%, ainda que menos intensa do que nos trimestres anteriores”.

Ela destaca que, no semestre, o PIB mostrou variação nula: “indústria e serviços caíram, mas a agropecuária apresentou um crescimento forte de 15,0%”.

Rebeca observa, ainda, que na comparação com o primeiro trimestre, os serviços já estão apresentando crescimento (0,6%), enquanto a indústria ainda está em queda (-0,5). Já a agropecuária registrou variação nula: “a agropecuária havia crescido 11,5% no trimestre passado, então, o que se vê nessa variação nula é um efeito-base”.

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