A despeito de incertezas sobre Trump e Lava Jato, Bovespa abre em alta

  • Por Estadão Conteúdo
  • 20/01/2017 11h49

As ações preferenciais da Usiminas terminaram a sexta-feira (15) valendo R$ 0 Reprodução/Facebook Bovespa

Em linha com as bolsas internacionais, a Bovespa abriu em alta nesta sexta-feira (20), mas segue com ganho moderado com os investidores à espera do que dirá Donald Trump em seu discurso de posse na Presidência dos Estados Unidos e ainda digerindo o futuro da Operação Lava Jato. Por volta das 11 horas, o índice brasileiro subia 0,41% e marcava 64.216,25 pontos. 

Com ganhos acumulados de 6,18% nos primeiros 20 dias do mês a tendência é aproveitar esse cenário de incertezas tanto no âmbito externo quanto doméstico para a realização de lucros. “A agenda está bem focada hoje e o mercado está propício à realização, considerando que os ganhos acumulados são altos, principalmente quando se tem uma perspectiva de uma taxa de juro de um dígito ainda neste ano”, disse Marco Tulli Siqueira, gestor de renda variável da Coinvalores.

O contraponto a um mercado que tende ao mau humor é o bom comportamento dos papéis de empresas ligadas às commodities. A subida do petróleo no mercado internacional induz o preço das ações da Petrobras. 

A alta lá fora ocorre pelos sinais de que o acordo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) vai funcionar e a produção mundial vai diminuir. O Brent para março subia 1,42%, a US$ 55,06 por barril e o WTI para o mesmo mês avançava 1,25%, a US$ 52,91 por barril.

Vale e empresas de siderurgia também têm desempenho positivo, muito embora o minério de ferro tenha fechado em queda de 0,4%. Isso porque a China anunciou que seu Produto Interno Bruto (PIB) avançou 6,8% no quarto trimestre de 2016 ante o mesmo período do ano anterior, acelerando na comparação com um ganho de 6,7% no terceiro trimestre. 

“As commodities devem segurar bem, mas a particularidade da Bolsa brasileira será mais sentida”, afirmou outro operador para quem a apreensão domina o dia.

A despeito da cena macro, a percepção dos investidores segue voltada para as notícias corporativas. Nesse sentido, atenção para Usiminas, que terá uma reunião entre as sócias controladoras para tentar colocar fim aos conflitos dentro da siderúrgica. Na quinta, Gafisa e EDP Energias do Brasil divulgaram suas prévias operacionais do quarto trimestre de 2016.

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