Dificuldade financeira obriga RS a adiar pagamento à União e SP a entrar na Justiça por renegociação de dívida

  • Por Jovem Pan
  • 25/04/2015 12h12
Rodrigo Ramon/ Jovem Pan Joaquim Levy discursou a empresários do grupo Lide nesta segunda-feira

Dificuldades financeiras obrigam o Rio Grande do Sul a adiar pagamentos à União e cidade de São Paulo a entrar na Justiça pela renegociação da dívida. A parcela da dívida que deveria ser paga pelo governo gaúcho até o fim do mês é de R$ 280 milhões e só será quitada entre os dias 10 e 11 de maio.

A capital paulista tenta garantir na Justiça a alteração do indexador da dívida, o que poderá reduzir o montante de R$ 62 bilhões para R$ 36 bilhões.

O prefeito Fernando Haddad disse a repórter Helen Braun que a União não foi pega de surpresa e que a medida seria uma sugestão do próprio ministro da Fazenda: “foi colocado desta maneira pelo próprio ministro Levy. O que não pode acontecer é tratamento diferente para entes iguais, que tem os mesmo direitos”.

O Rio de Janeiro também já havia entrado na Justiça para tentar garantir a regulamentação da renegociação da dívida, adiada somente para 2016.

O governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, explicou ao repórter Anderson Costa que o adiamento da parcela da dívida não se trata de calote. “Nós não estamos fazendo uma moratória. Não estamos aplicando calote. Não estamos dando um golpe (…) é uma medida extremamente necessária, mas que não complementa tudo”, disse.

O governador gaúcho se reuniu com o ministro da Fazenda, nesta semana para discutir os repasses federais, mas não houve êxito. Questionado sobre a situação do Rio Grande do Sul, Joaquim Levy reconheceu as dificuldades do governo gaúcho.

“Eu tenho certeza que o governador do Rio Grande do Sul está fazendo todos os esforços para tentar equacionar uma situação finaceiramente, fiscalmente. Ainda não aconteceu nada, não vamos nos precipitar. Eu sei que ele está fazendo um esforço extraordinário”, explicou.

Segundo o ministro Levy, o governo federal também está em um momento delicado financeiramente, trabalhando em medidas de ajuste fiscal. De acordo com o governo gaúcho, o adiamento da dívida vai garantir o pagamento dos salários dos servidores estaduais.

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