Economia retrai 1,2% no 2º trimestre, indica Banco Central

  • Por Agencia EFE
  • 15/08/2014 11h05

Rio de Janeiro, 15 ago (EFE).- A atividade econômica registrou uma queda de 1,2% no segundo trimestre, em comparação com o primeiro, segundo o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) divulgado nesta sexta-feira.

O índice, ajustado ao período mencionado e considerado um relatório prévio do Produto Interno Bruto (PIB), registrou em junho sua segunda retração consecutiva neste ano e, neste caso, a maior dos últimos 13 meses.

A economia, que já tinha retrocedido 0,18% em maio, registrou uma queda de 1,48% em junho, o pior desempenho para um mês em relação ao imediato anterior desde maio de 2013, quando a economia apresentou uma retração de 1,68% em relação a abril.

Outros indicadores já haviam evidenciado uma queda da produção nacional em junho, principalmente da indústria e do comércio, devido aos feriados decretados durante a Copa do Mundo.

Antes da Copa, a economia já enfrentava as dificuldades relacionadas ao aumento da inflação, que reduziu o poder aquisitivo das famílias e obrigou o Banco Central (BC) a elevar a taxa básica de juros até 11% ao ano, seu maior nível em dois anos e meio.

De acordo com os dados divulgados hoje pelo BC, a economia apresentou uma retração de 1,54% no segundo trimestre em comparação com o mesmo período do ano passado, embora esta porcentagem não leve em conta os efeitos estacionais.

Segundo as medições do Banco Central, perante o mau desempenho do segundo trimestre, a economia cresceu apenas 0,13% nos primeiros seis meses deste ano, em comparação com o primeiro semestre de 2013.

O organismo também calcula que a economia cresceu 1,41% nos últimos 12 meses até junho, em relação com o período entre julho de 2012 e junho de 2013.

Os números definitivos, no entanto, só serão apresentados no próximo dia 29 de agosto pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), responsável pela medição do PIB do país.

Os dados do índice prévio confirmaram a tendência de desaceleração da economia que era assinalada até agora por todos os indicadores econômicos, principalmente pelos relativos à produção industrial, setor que vive uma grave crise.

Essa retração anunciada hoje também reforça o pessimismo dos economistas dos bancos privados, que estão reduzindo a previsão de crescimento da economia por 11 semanas consecutivas e, na última semana, a situaram em 0,81%.

O governo, mais otimista, espera um crescimento econômico próximo aos 2%, enquanto o Banco Central reduziu sua previsão para 1,6%.

Todas as previsões citadas evidenciam uma forte desaceleração econômica neste ano, após a ligeira recuperação registrada em 2013.

Após ter crescido 7,5% em 2010, o avanço da economia foi de 2,7%, em 2011; 1,%, em 2012, e 2,3%, em 2013. EFE

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