Emissões no 1º semestre crescem 30%, para R$ 104,3 bilhões, revela Anbima

  • Por Estadão Conteúdo
  • 10/07/2017 12h27
Cédulas de dinheiro. Foto: Marcos Santos/USP Imagens Usp Imagens/ Marcos Santos A Anbima diz que nessas ofertas de ações os investidores estrangeiros aumentaram suas participações e se mantêm como os principais interessadas

As emissões das companhias brasileiras no primeiro semestre do ano atingiram R$ 104,4 bilhões, aumento de 30% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Desse total, ainda de acordo com a entidade, R$ 51,309 bilhões referem-se à emissão de dívida no mercado externo, R$ 39,936 bilhões em renda fixa no mercado doméstico e o restante (R$ 13,133 bilhões) refere-se à renda variável.

A Anbima aponta que o mercado de capitais avançou como fonte de recursos para o financiamento das companhias. De janeiro a maio deste ano, por exemplo, o volume de emissões no mercado de capitais doméstico e externo somou R$ 87,9 bilhões, sendo que nesse mesmo intervalo o desembolso do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foi de R$ 27,7 bilhões.

Nas emissões de debêntures, a entidade mostra que aquelas com prazo de até três anos apresentaram queda, com um aumento das emissões com prazo superior a 10 anos. Segundo a Anbima, a maioria dessas captações foram destinadas para o alongamento de dívidas.

Destaque ainda no primeiro semestre do ano foi a melhoria das emissões de ações, depois de anos de monotonia. O volume das ações no primeiro semestre foi de R$ 13,133 bilhões, já superando todo o montante de 2016. Para o mês de julho, preparam ofertas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês) o Carrefour Brasil, IRB Brasil Re, Biotoscana e Ômega Geração, em ofertas que juntas podem movimentar cerca de R$ 10 bilhões.

A Anbima diz que nessas ofertas de ações os investidores estrangeiros aumentaram suas participações e se mantêm como os principais interessadas. No intervalo de janeiro a junho deste ano os investidores estrangeiros responderam por 58,6% do volume, sendo que no ano anterior foi de 35,7%.

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