Endividamento das famílias fica em 41% em novembro, diz BC

  • Por Estadão Conteúdo
  • 29/01/2018 12h10
Fotos Públicas Entidades de defesa do consumidor se dizem preocupadas com as mudanças no cadastro positivo, mas o comércio comemora. Na semana passada, o texto-base do projeto que muda as regras foi aprovado pela Câmara. O cadastro positivo é um banco de dados que existe desde 2011 e relaciona os clientes que são considerados bons pagadores. Até então, o consumidor precisava pedir pra ter o nome incluído, mas agora, todos que estiverem com as contas em dia entram na lista automaticamente. Quem não quiser, terá que entrar em contato com as instituições financeiras e solicitar a exclusão. Segundo Paulo Miguel, diretor-executivo da Fundação Procon de São Paulo, não há garantias de que os dados do consumidor estarão protegidos. O deputado Walter Ioshi, que foi o relator do projeto na Câmara, rebate e garante que não haverá violações. A aprovação do novo cadastro positivo agradou as empresas de crédito e os varejistas. O presidente da Associação Comercial de São Paulo, Alencar Burti, diz que é uma vitória do consumidor que mantém as contas em dia. Apesar da aprovação, os destaques do texto ainda serão apreciados pelo plenário da Câmara nesta semana. Depois, o texto segue para uma nova análise do Senado, de onde veio a matéria original. O cálculo do BC leva em conta o total das dívidas dividido pela renda no período de 12 meses

O endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro ficou em 41% em novembro, o mesmo porcentual registrado em outubro, informou nesta segunda-feira, 29, o Banco Central, que divulgou a Nota de Política Monetária e Operações de Crédito de dezembro à imprensa. Se forem descontadas as dívidas imobiliárias, o endividamento manteve-se em 23% no período.

O cálculo do BC leva em conta o total das dívidas dividido pela renda no período de 12 meses. Além disso, incorpora os dados da Pesquisa Nacional de Amostragem Domiciliar (Pnad) contínua e da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), ambas do IBGE.

Segundo o BC, o comprometimento de renda das famílias com o Sistema Financeiro Nacional (SFN) ficou estável em 20% de outubro para novembro. Descontados os empréstimos imobiliários, o comprometimento da renda foi de 17,6% para 17,5% no período.

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