Fed de Chicago avalia que juros nos EUA não deveriam aumentar neste ano

  • Por Agencia EFE
  • 04/05/2015 18h13

Washington, 4 mai (EFE).- O presidente do Federal Reserve de Chicago, Charles Evans, afirmou nesta segunda-feira que o banco central americano não deveria elevar as taxas de juros “até o começo de 2016”, devido ao mau desempenho econômico dos Estadps Unidos no primeiro trimestre de 2015 e à persistente baixa inflação.

“Minha perspectiva econômica e avaliação do equilíbrio de riscos evoluirá de um modo no qual não estarei suficientemente confiante para iniciar a alta de juros até o começo do próximo ano”, disse Evans, membro com direito a voto do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), que dirige a política monetária do país.

As declarações do presidente do Fed de Chicago, considerado um dos membros do banco central mais favoráveis ao estímulo monetário, foram dadas em uma conferência com líderes empresariais em Columbus, no estado de Indiana.

Estas foram as primeiras palavras de um membro com voto na Fomc depois da reunião da semana passada na qual o órgão dirigido por Janet Yellen considerou como “transitório” o enfraquecimento econômico registrado no início do ano.

Diante da consolidação da recuperação, o Fed analisa o aumento dos juros de referência, que se mantêm entre 0% e 0,25% desde o final de 2008, algo que os analistas preveem que ocorra antes do fim de 2015.

Após o forte crescimento registrado no final de 2014, o Fed cogitou a possibilidade de elevar os juros em meados deste ano.

Evans indicou que os fundamentos econômicos ainda têm um “bom aspecto”, mas reconheceu que o arrefecimento ocorrido no primeiro trimestre do ano, no qual a economia se expandiu a um ritmo anual estimado de 0,2%, representa “uma pausa”.

Além disso, ele indicou que o que mais lhe “preocupa” é a inflação, que há dois anos está abaixo da meta de 2% anual fixada pelo banco central e que continua reduzida em grande parte devido aos baixos preços do petróleo.

A próxima reunião do Fed está prevista para meados de junho. EFE

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