Fed diz que crescimento se mantém nos EUA, mas sente efeito de crise chinesa

  • Por Agencia EFE
  • 02/09/2015 20h20

Washington, 2 set (EFE).- Os 12 distritos que compõem o sistema do Federal Reserve (Fed, banco central americano) mantiveram, de forma geral, sua “atividade econômica expansiva”, mas em alguns setores foi possível notar efeitos da desaceleração chinesa.

Segundo o “Livro Bege” do Fed, um relatório que analisa a situação econômica no último mês e meio no país, o mercado de trabalho se manteve com um crescimento modesto ou moderado, sobretudo graças a uma maior atividade nos setores de habitação e nas vendas do segmento automobilístico.

Dessa forma, seguem as expectativas sobre a possibilidade de a Comissão de Mercado Aberto do Fed aprovar, em sua reunião entre os dias 16 e 17 de setembro, a alta das taxas de juros de referência, que desde o final de 2008 estão entre 0% e 0,25%.

O “Livro Bege” mostra um panorama positivo no setor industrial, com os distritos de Cleveland, Saint Louis, Minneapolis e Dallas com perspectivas mistas. Só o de Nova York indica clara queda da atividade.

Porém, em Boston, Dallas e San Francisco houve segmentos que mencionaram uma queda da atividade devido à desaceleração da China, especialmente nos setores relacionados com o fator fabril, tecnológico e de serviços financeiros.

O relatório abrange um período concluído no dia 25 de agosto, um dia depois da sessão na qual o índice SSE Composite da Bolsa de Valores de Xangai ter despencado 8,5%, o pior pregão desde o 2007, provocando uma sucessão de fortes quedas nos mercados chineses.

Em outros distritos, como Filadélfia, Richmond, Cleveland e Dallas, foi registrada uma queda no setor industrial devido a uma redução nas exportações por causa da força do dólar.

Os dados do “Livro Bege” serão utilizados como base para a próxima reunião que será realizada pelo Comitê Federal de Mercado Aberto do Fed, que comanda a política monetária do país.

A economia americana cresceu a um ritmo anualizado de 3,7% entre abril e junho, após um moderado avanço de só 0,6% nos três primeiros meses do ano. EFE

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