G-7 defende medidas para crescimento global e sugere cooperação cibernética

  • Por Estadão Conteúdo
  • 13/05/2017 15h16
EFE G-7 defende medidas para crescimento global e sugere cooperação cibernética - efe

Autoridades de Finanças dos sete países mais ricos do mundo alertaram que o crescimento a longo prazo pode permanecer subjugado e que devem ser tomadas medidas para fazer com que a economia global funcione para todos. O crescimento inclusivo que beneficia a todos foi um tema importante na declaração final emitida pelo grupo de ministros, ao final da reunião de dois dias encerrada neste sábado, em Bari, na Itália. Eles também pediram um renovado esforço comum contra o crime cibernético, em uma mensagem apresentada na esteira dos ataques realizados nesta sexta-feira em dezenas de países.

Quase uma década depois de uma crise financeira ter atingido a economia global, os ministros de Finanças do G-7 tentam desenvolver uma estratégia de crescimento econômico inclusivo, garantindo que as políticas beneficiem os pobres e a classe média e não exacerbem a crescente desigualdade de renda, numa tentativa de combater uma reação política global contra a globalização.

Os ministros também criaram um grupo de trabalho especial para combater as ameaças à segurança cibernética para começar a testar a vulnerabilidade do sistema financeiro aos ataques. Autoridades disseram que estão tentando trabalhar mais estreitamente com o setor privado, inclusive por meio de uma coleta mais profunda de dados e compartilhamento de soluções para ataques.

Ao comentar sobre as ameaças de segurança cibernética, as autoridades do G-7 lembraram do amplo ataque observado nesta sexta-feira. “Na medida em que as pessoas reforçassem suas redes, isso teria sido evitado”, disse o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin. “Este é um lembrete para todos nós sobre importância da segurança cibernética.”

Protecionismo

Mnuchin esteve no centro das conversas na reunião do G-7 encerrada hoje. Ele aproveitou o encontro para expor as visões do governo Trump sobre o comércio. As autoridades pressionaram o secretário por detalhes sobre o pacote fiscal revelado no final do mês passado. Depois de dois dias de conversas, muitas delegações expressaram alívio. 

Diversos países do G-7 estavam particularmente preocupados com a possibilidade de os EUA lançarem um imposto de fronteira que poderia sufocar as exportações para o país. “A ênfase inicialmente foi sobre um imposto de fronteira, que é a tributação, mas também sobre a política comercial”, disse o ministro das Finanças italiano, Pier Carlo Padoan. “Agora, a ênfase – e o secretário Mnuchin foi muito claro sobre isso – é sobre reforma tributária.” Outro alto funcionário da delegação disse: “Cada um de nós está seguindo muito de perto a evolução da política fiscal dos EUA. O que eles estão considerando agora é muito menos preocupante”.

Ministros de Finanças esperam que o plano tributário menos centrado no comércio seja um sinal de que a administração não avançará com suas mais agressivas ameaças à política comercial. Uma série de anúncios recentes – incluindo uma investigação sobre as importações de aço e um aviso de que os EUA podem se retirar de um acordo comercial com o Canadá e México – renovaram temores de que o governo Trump poderia desencadear uma guerra comercial que poderia atingir a economia global.

Mas a administração Trump está tentando convencer os países de que suas políticas comerciais são projetadas para encorajar outros países a abandonar suas barreiras às importações e reequilibrar o sistema comercial global. “As pessoas se sentem muito mais confortáveis hoje, agora que tiveram a oportunidade de passar tempo comigo e ouvir a nossa mensagem econômica sobre o que é a agenda econômica de Trump, que é sobre a criação de crescimento nos EUA”, disse Mnuchin.

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