Governo anuncia programa para fiscalizar e cortar gastos relacionados à saúde do trabalhador

O governo federal prepara pacote trabalhista de R$ 10 bilhões, com corte de gastos e aumento de arrecadação, informa o Ministério do Trabalho.

O plano deve ser anunciado até março e no rol de medidas deve constar a reduçaõ de despesas com programas relacionados à saúde do trabalhador.

A fiscalização mais rigorosa de empresas e o incremento da formalização vão encabeçar o novo cenário.

O especialista em mercado de trabalho da Universidade Federal do Rio de Janeiro, João Savoya, recomenda equilíbrio nesse novo ajuste.

“A gente sabe que existem muitos problemas de fraudes, então eu acho isso positivo e deve produzir bons resultados”, avalia. “Agora, o perigo é que, em nome de acertar as contas públicas, você começa a atingir os trabalhadores, a reduzir os direitos; então tem que ter certo cuidado”, ressalta.

O presidente da Força Sindical teme que as mudanças prejudiquem direitos trabalhistas. Em entrevista ao repórter Daniel Lian, Miguel Torres defende o combate apenas às distorções do mercado. O temor de Torres é que principalmente os trabalhadores doentes e acidentados sejam prejudicados e pede cautela ao governo.

Segundo o Ministério do Trabalho, R$ 2,7 bilhões seriam obtidos com o aumento de fiscalização eletrônica.

Em outra frente a intenção é reduzir os gastos com saúde do trabalho que custam algo em torno de R$ 70 bilhões.