Governo de Ortega inaugura obras preparatórias do canal da Nicarágua

  • Por Agencia EFE
  • 22/12/2014 16h47

Manágua, 22 dez (EFE).- O governo nicaraguense e a empresa chinesa HKND Group, concessionária do projeto do Grande Canal pela Nicarágua, inauguraram nesta segunda-feira as obras preparatórias dessa via aquática, avaliada em US$ 50 bilhões.

“Neste dia têm início os trabalhos que nos levarão posteriormente a começar essa obra majestosa, grande, conhecida como o Grande Canal”, disse o vice-presidente da Nicarágua, Moisés Omar Halleslevens, durante a cerimônia simbólica, realizada no departamento de Rivas, no Pacífico.

As obras preparatórias incluem a construção das estradas de acesso aos locais de escavação e de algumas instalações necessárias para tirar do papel o projeto da via interoceânica, segundo o plano oficial.

Halleslevens, que presidiu a mesa junto ao empresário chinês Wang Jing, proprietário da HKND Group, explicou que nesta segunda-feira estão iniciando um “conjunto de obras, que se conhecem como obras de asseguração, para que posteriormente o que são as grandes obras ou as obras maiores, ou as construções maiores, possam desenvolver-se”.

O vice-presidente nicaraguense ressaltou que o canal interoceânico não só transformará a história e a geografia da Nicarágua, mas também “e de maneira radical sua economia”.

O Grande Canal da Nicarágua está projetado com 278 quilômetros de extensão, entre 230 e 520 metros de largura e 30 metros de profundidade, incluindo um trecho de 105 quilômetros no Gran Lago da Nicarágua.

A concessão para a construção do Grande Canal da Nicarágua foi outorgada em junho de 2013 ao HKND Group pelo governo do presidente sandinista Daniel Ortega.

Além de escavar o canal, o HKND Group deve construir estradas, dois portos, um lago artificial, um aeroporto, um complexo turístico, uma zona de livre-comércio, assim como fábricas de aço e de concreto.

O início dos trabalhos preparatórios do projeto começou com a resistência dos habitantes que serão afetados pela rota do canal e a crítica dos setores ambientalistas. EFE

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