Indústria de alimentos lidera pessimismo do agronegócio com economia

  • Por Agencia EFE
  • 25/08/2014 19h43

São Paulo, 25 ago (EFE).- O agronegócio cedeu à onda pessimista da economia e atingiu um índice de confiança de 91,8 pontos, saindo de uma condição neutra no primeiro trimestre, sendo que a principal queda ocorreu entre os setores de logística e alimentos, com queda de 19,8 pontos em relação ao último levantamento.

O estudo divulgado nesta segunda-feira é resultado do Índice de Confiança do Agronegócio (IC Agro) apurado trimestralmente pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) para avaliar a expectativa dos empresários e produtores com relação ao próprio negócio e à economia em uma escala de 0 a 200 pontos, em que uma leitura em torno dos 100 pontos indica neutralidade.

“Esse resultado marca uma reversão importante de expectativas, o que pode determinar uma tendência para os próximos meses. A piora na avaliação da economia e a preocupação com os custos de produção são componentes fundamentais para explicar o resultado”, disse Antonio Carlos Costa, gerente do Departamento do Agronegócio da Fiesp.

De acordo com o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, o pessimismo aumenta por conta de fatores externos, como a economia do país, gerando um cenário de incertezas.

“Caso se concretize a perspectiva apontada especialmente pela indústria pós-porteira, devemos estar atentos aos efeitos para os demais elos da cadeia”, ressalta ele.

Entre os produtores agrícolas, a queda no índice de confiança foi de seis pontos (de 98,2 pontos para 92,2 pontos), e os responsáveis pelo resultado negativo são a preocupação com a economia, a reversão da expectativa em relação aos preços de venda e os custos de produção.

Já o preço de venda dos produtos passou do quarto para o segundo lugar entre os itens de preocupação como reflexo da tendência de queda das principais commodities agrícolas.

De acordo com o estudo da Fiesp, “mesmo com a queda no humor do produtor agropecuário, a intenção de investimentos segue com poucas alterações em relação ao período anterior, em áreas como tecnologia/custeio, máquinas e equipamentos, gestão de pessoas e infraestrutura”. EFE

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