Indústria paulista fecha 2,5 mil postos de trabalho em agosto, diz Fiesp

  • Por Estadão Conteúdo
  • 11/09/2017 12h19
David Alves/ Palácio Piratini Na comparação com agosto de 2016, o recuo no nível de emprego foi de 3,27%, com menos 73,5 mil trabalhadores empregados

O nível de emprego na indústria paulista caiu 0,01% em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal, o que o Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon), da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp) classificou como estabilidade. Sem ajuste sazonal, a queda foi de 0,11%, calculada a partir da demissão de 2,5 mil trabalhadores no mês.

Na comparação com agosto de 2016, o recuo no nível de emprego foi de 3,27%, com menos 73,5 mil trabalhadores empregados.

Contudo, no acumulado do ano, o saldo de emprego continua positivo, com 5,5 mil vagas criadas, subindo 0,26% na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo a Fiesp. Esse é o melhor resultado desde 2013, quando foram contratados 40,5 mil trabalhadores.

“A produção industrial mostra recuperação, apesar de ainda não ser vigorosa, é contínua, refletindo na manutenção dos postos de trabalho. A geração de novos empregos é a última variável a reagir. Ainda temos muita capacidade ociosa, o que deve levar as empresas a resistirem a novas contratações por um tempo”, argumentou Paulo Francini, diretor titular do Depecon.

Distribuição

A maioria dos 22 setores consultados – 14 – mostrou demissão líquida de funcionários em agosto. Apenas quatro segmentos tiveram resultado positivo e outros quatro ficaram estáveis.

O setor com o pior saldo do mês, segundo a federação, foi o de veículos automotores, reboque e carroceria (-1.171). Na contramão, a indústria de alimentos teve o melhor desempenho de agosto, com a geração de 1.060 postos.

Por regiões, tanto a Grande São Paulo quanto o interior registraram fechamento de vagas de trabalho no mês, com o nível de emprego caindo 0,12% e 0,07%, respectivamente.

Das 36 diretorias regionais, 18 demitiram em agosto, com destaque para São Bernardo do Campo (-2,49%), por veículos automotores e autopeças (-2,61%) e produtos de metal (-3,18%).

Já entre as 14 diretorias que contrataram no período, o maior aumento do nível de emprego foi registrado em Santo André (1,38%), influenciado pelo setor de produtos alimentícios (11,40%) e produtos de borracha e plástico (0,94%).

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.