Investimentos da Eletrobras em 2017 devem cair para R$ 5 bilhões

  • Por Estadão Conteúdo
  • 14/11/2017 12h43 - Atualizado em 14/11/2017 12h45
Fotos Públicas Entidades de defesa do consumidor se dizem preocupadas com as mudanças no cadastro positivo, mas o comércio comemora. Na semana passada, o texto-base do projeto que muda as regras foi aprovado pela Câmara. O cadastro positivo é um banco de dados que existe desde 2011 e relaciona os clientes que são considerados bons pagadores. Até então, o consumidor precisava pedir pra ter o nome incluído, mas agora, todos que estiverem com as contas em dia entram na lista automaticamente. Quem não quiser, terá que entrar em contato com as instituições financeiras e solicitar a exclusão. Segundo Paulo Miguel, diretor-executivo da Fundação Procon de São Paulo, não há garantias de que os dados do consumidor estarão protegidos. O deputado Walter Ioshi, que foi o relator do projeto na Câmara, rebate e garante que não haverá violações. A aprovação do novo cadastro positivo agradou as empresas de crédito e os varejistas. O presidente da Associação Comercial de São Paulo, Alencar Burti, diz que é uma vitória do consumidor que mantém as contas em dia. Apesar da aprovação, os destaques do texto ainda serão apreciados pelo plenário da Câmara nesta semana. Depois, o texto segue para uma nova análise do Senado, de onde veio a matéria original. Em 2017 o investimento da empresa deverá cair para cerca de R$ 5 bilhões, contra os R$ 8,5 bilhões feitos em 2016

O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, informou nesta terça-feira, 14, um dia após a divulgação dos resultados da empresa no terceiro trimestre, que em 2017 o investimento da empresa deverá cair para cerca de R$ 5 bilhões, contra os R$ 8,5 bilhões feitos em 2016.

Segundo Ferreira, é normal para uma empresa que está passando por uma reestruturação reduzir os investimentos, o que fez assim que chegou à companhia, há uma ano e dois meses.

Dentre as medidas que o executivo está tomando para entregar uma empresa mais enxuta ao mercado, Ferreira destacou que, pela primeira vez, a Eletrobras vai ter um sistema de gestão integrado nas áreas administrativa, financeira e de recursos humanos.

“Até junho de 2018, toda a Eletrobras terá o mesmo sistema de gestão”, disse a jornalistas durante coletiva para falar do balanço da companhia no terceiro trimestre, período em que a estatal obteve lucro de R$ 550 milhões, 37% a menos do que no mesmo período de 2016.

Dividendos

A Eletrobras vai pagar dividendos, referentes ao exercício de 2017, para os acionistas preferenciais (PNB) e, em assembleia em abril de 2018, deliberar para o pagamento de dividendos aos acionistas ordinários (ON), disse Ferreira Júnior.

Segundo ele, a companhia chegará ao final o ano com lucro, depois de ter registrado, no acumulado dos nove primeiros meses de 2017, ganho líquido de R$ 2,272 bilhões, contra lucro de R$ 9,771 bilhões do ano anterior.

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