IPCA-15 de janeiro tem a segunda menor taxa para o mês desde o início do Real

  • Por Estadão Conteúdo
  • 23/01/2018 10h52
Fotos Públicas Entidades de defesa do consumidor se dizem preocupadas com as mudanças no cadastro positivo, mas o comércio comemora. Na semana passada, o texto-base do projeto que muda as regras foi aprovado pela Câmara. O cadastro positivo é um banco de dados que existe desde 2011 e relaciona os clientes que são considerados bons pagadores. Até então, o consumidor precisava pedir pra ter o nome incluído, mas agora, todos que estiverem com as contas em dia entram na lista automaticamente. Quem não quiser, terá que entrar em contato com as instituições financeiras e solicitar a exclusão. Segundo Paulo Miguel, diretor-executivo da Fundação Procon de São Paulo, não há garantias de que os dados do consumidor estarão protegidos. O deputado Walter Ioshi, que foi o relator do projeto na Câmara, rebate e garante que não haverá violações. A aprovação do novo cadastro positivo agradou as empresas de crédito e os varejistas. O presidente da Associação Comercial de São Paulo, Alencar Burti, diz que é uma vitória do consumidor que mantém as contas em dia. Apesar da aprovação, os destaques do texto ainda serão apreciados pelo plenário da Câmara nesta semana. Depois, o texto segue para uma nova análise do Senado, de onde veio a matéria original. A mais baixa foi a registrada em janeiro de 2017, de 0,31%

A taxa de 0,39% registrada pela inflação de janeiro medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) foi a segunda menor para o mês desde a criação do Plano Real, em 1994, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A mais baixa foi a registrada em janeiro de 2017, de 0,31%.

Como consequência, a taxa de inflação acumulada em 12 meses aumentou de 2,94% em dezembro de 2017 para 3,02% em janeiro de 2018, ligeiramente acima do piso da meta inflacionária perseguida pelo governo.

O resultado ficou dentro das expectativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam uma taxa entre 2,90% e 3,15%, com mediana de 3,05%.

Grupos

Seis dos nove grupos que integram o IPCA-15 registraram taxas maiores na passagem de dezembro de 2017 para janeiro de 2018, informou o IBGE.

Os aumentos ocorreram em Alimentação e bebidas (de -0,02% em dezembro para 0,76% em janeiro), Artigos de residência (de -0,27% para 0,06%), Vestuário (de 0,32% para 0,36%), Saúde e cuidados pessoais (de 0,27% para 0,41%), Educação (de 0,03% para 0,28%) e Comunicação (de -0,26% para 0,08%).

Na direção oposta, as taxas foram menores em Habitação (de 0,43% para -0,41%), Transportes (de 1,16% para 0,86%) e Despesas pessoais (de 0,44% para 0,19%).

O IBGE informou que tanto o item empregado doméstico (0,15%), do grupo Despesas pessoais, quanto a mão de obra para pequenos reparos (0,15%), do grupo Habitação, incorporaram 1/12 do porcentual de reajuste do novo salário mínimo nacional em todas as regiões pesquisadas.

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