IPCA para 2018 cai de 4,02% para 4,00%, prevê Focus

  • Por Estadão Conteúdo
  • 18/12/2017 09h19
Fotos Públicas Entidades de defesa do consumidor se dizem preocupadas com as mudanças no cadastro positivo, mas o comércio comemora. Na semana passada, o texto-base do projeto que muda as regras foi aprovado pela Câmara. O cadastro positivo é um banco de dados que existe desde 2011 e relaciona os clientes que são considerados bons pagadores. Até então, o consumidor precisava pedir pra ter o nome incluído, mas agora, todos que estiverem com as contas em dia entram na lista automaticamente. Quem não quiser, terá que entrar em contato com as instituições financeiras e solicitar a exclusão. Segundo Paulo Miguel, diretor-executivo da Fundação Procon de São Paulo, não há garantias de que os dados do consumidor estarão protegidos. O deputado Walter Ioshi, que foi o relator do projeto na Câmara, rebate e garante que não haverá violações. A aprovação do novo cadastro positivo agradou as empresas de crédito e os varejistas. O presidente da Associação Comercial de São Paulo, Alencar Burti, diz que é uma vitória do consumidor que mantém as contas em dia. Apesar da aprovação, os destaques do texto ainda serão apreciados pelo plenário da Câmara nesta semana. Depois, o texto segue para uma nova análise do Senado, de onde veio a matéria original. Já a inflação suavizada para os próximos 12 meses seguiu em 3,91% de uma semana para outra - há um mês, estava em 4,02%

Os economistas do mercado financeiro reduziram novamente suas projeções para o IPCA – o índice oficial de preços – para este ano. O Relatório de Mercado Focus divulgado na manhã desta segunda-feira, 18, pelo Banco Central (BC), mostra que a mediana para o IPCA em 2017 foi de 2,88% para 2,83%. Há um mês, estava em 3,09%. Já a projeção para o índice de 2018 passou de 4,02% para 4,00%, ante 4,03% de quatro semanas atrás.

Na prática, as projeções de mercado divulgadas agora no Focus indicam que a expectativa é de que a inflação fique abaixo do piso da meta, de 3,0%, em 2017. O centro da meta para este ano e o próximo é de 4,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual (inflação de 3,0% a 6,0%).

Há uma semana e meia, o BC atualizou, por meio do comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom), suas projeções para o IPCA: 2,9% em 2017, 4,2% em 2018 e 4,2% em 2019. Na ocasião, o BC também reduziu a Selic em 0,50 ponto porcentual, de 7,50% para 7,00% ao ano.

Entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2017 no Focus passou de 2,82% para 2,80%. Portanto, estas casas também preveem que o BC não cumprirá a meta, já que a inflação ficará abaixo do piso de 3,0%. Para 2018, a estimativa do Top 5 foi de 3,83% para 3,81%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 3,05% e 4,12%, respectivamente.

Já a inflação suavizada para os próximos 12 meses seguiu em 3,91% de uma semana para outra – há um mês, estava em 4,02%.

Entre os índices mensais mais próximos, a estimativa para dezembro de 2017 passou de 0,37% para 0,33%. Um mês antes, estava em 0,45%. No caso de janeiro de 2018, a projeção foi de 0,48% para 0,46%, ante 0,50% de quatro semanas antes.

Preços administrados

O Relatório de Mercado Focus indicou nesta segunda-feira nova elevação na projeção para os preços administrados neste ano. A mediana das previsões do mercado financeiro para o indicador em 2017 passou de alta de 7,85% para avanço de 7,90%. Para 2018, a mediana permaneceu em 4,90%. Há um mês, o mercado projetava aumento de 7,55% para os preços administrados em 2017 e elevação de 4,80% em 2018.

Na ata da última reunião do Copom divulgada na semana passada, o BC atualizou suas projeções para a alta de preços administrados. Para 2017, a estimativa subiu de 7,9% para 8,0%. Para 2018, recuou de 5,1% para 4,9%.

No documento, a autoridade monetária avaliou que os preços administrados, no agregado, têm constituído um “choque inflacionário”. Mas na direção oposta, em magnitude substancialmente superior, os preços dos alimentos constituem um “choque desinflacionário relevante”.

Outros índices

O relatório do BC mostra, ainda, que a mediana das projeções do IGP-DI de 2017 passou de -0,72% para -0,56% da última semana para esta. Há um mês, estava em -1,17%.

Para 2018, a projeção passou 4,50% (onde também estava há quatro semanas) para 4,47%. Calculados pela Fundação Getulio Vargas (FGV), os Índices Gerais de Preços (IGPs) são bastante afetados pelo desempenho do dólar e pelos produtos de atacado, em especial os agrícolas.

Outro índice, o IGP-M, que é referência para o reajuste dos contratos de aluguel, passou de -0,85% para -0,80% nas projeções dos analistas para 2017. Quatro levantamentos antes, estava em -1,12%. No caso de 2018, o índice foi de 4,35% para 4,39%, retornando para o patamar em que estava um mês atrás.

Já a mediana das previsões para o IPC-Fipe de 2017 seguiu em 2,14% no Focus. Um mês antes, a mediana das projeções do mercado para o IPC era de 2,19%. Para 2018, a projeção do IPC-Fipe permaneceu em 4,28%, ante 4,39% um mês antes.

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