Juros futuros recuam em sessão de baixa liquidez

  • Por Estadão Conteúdo
  • 26/12/2017 19h15 - Atualizado em 26/12/2017 19h21
Usp Imagens/ Marcos Santos Usp Imagens/ Marcos Santos A liquidez bastante baixa nos mercados internacionais também colaborou para a oscilação branda das taxas no mercado de juros futuros

As taxas dos principais dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) encerraram em queda a sessão desta terça-feira (26), de baixa liquidez. Mesmo surpreendendo positivamente, o bom resultado fiscal do governo central em novembro não chegou a influenciar os negócios, segundo dois operadores do mercado de renda fixa.

De forma geral, a sessão foi de boas notícias no cenário macroeconômico, como Relatório de Mercado Focus, que mostrou uma mudança da projeção mediana para a Selic para o fim de 2017 – de 7% para 6,75% ao ano. A alteração reforça a tese de um corte de 0,25 ponto porcentual da Selic na próxima reunião do Copom nos dias 6 e 7 de fevereiro, segundo o operador da H.Commcor Cleber Alessie Machado Neto.

Pouco antes, a Fundação Getulio Vargas divulgou que a inflação do setor da construção civil em dezembro e a inflação ao consumidor medida pelo IPC-S na terceira quadrissemana deste mês vieram mais baixas do que nas leituras anteriores. O IPC-S ficou em 0,27% na terceira leitura de dezembro (ante 0,34% na anterior). O INCC-M ficou em 0,14% em dezembro ante 0,28% em novembro.

Apesar de não ter feito preço, o superávit primário do governo central foi considerado importante por Machado Neto, da H Commcor, por conta da preocupação dos agentes econômicos com a possibilidade de um rebaixamento do rating soberano pela agência S&P. Com um reforço de R$ 12 bilhões no mês passado com os pagamentos referentes ao leilão de hidrelétricas, o caixa do governo central registrou um superávit primário de R$ 1,348 bilhão em novembro. Todas estimativas captadas pelo Projeções Broadcast eram de deficit.

A liquidez bastante baixa nos mercados internacionais – visto que não há negociação nesta terça-feira na Europa e, hoje, era fraca a agenda econômica nos EUA – também colaborou para a oscilação branda das taxas no mercado de juros futuros. Além disso, o dólar em queda “não atrapalhou”, como afirmou a gestora de renda fixa da Mongeral Aegon Investimentos, Patrícia Pereira.

Nesse contexto, o DI para janeiro de 2019 fechou a 6,87% (mínima) ante 6,91% no ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2020 encerrou a terça-feira a 8,11% ante 8,18% no ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2021 também ficou em 8,11% ante 9,21% no ajuste de sexta-feira. E o DI para janeiro de 2023 fechou a 10,05% ante 10,14% no ajuste de sexta.

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