Mantega aposta em melhora da economia global e cenário favorável a exportação

  • Por Agencia EFE
  • 23/04/2014 14h24

Brasília, 23 abr (EFE).- O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quarta-feira que a crise global começou a ceder e que, com isso, as exportações do país, afetadas nos últimos meses pelas turbulências na Europa e nos Estados Unidos, devem melhorar.

“A expectativa é de que em 2014 tenhamos uma maior expansão do comércio graças à recuperação da economia internacional”, disse Mantega durante ato de lançamento do Portal Único de Comércio Exterior.

Segundo o ministro, à medida em que a crise internacional recue, as exportações do Brasil podem vir a terminar este ano com um crescimento próximo de 4,5% em relação a 2013.

De acordo com dados oficiais, o primeiro trimestre deste ano foi o pior desde 1994 para o comércio exterior do país e concluiu com um déficit próximo de US$ 6,1 bilhões.

Mantega considerou que esse resultado obedeceu ao “encolhimento” dos mercados internacionais provocado pela crise, mas argumentou que, na medida em que os países mais desenvolvidos superem suas dificuldades, esse quadro mudará em favor do Brasil. No entanto, ele reiterou que os exportadores brasileiros são obrigados a melhorar a competitividade de seus produtos e a se preparar para essa previsível recuperação dos mercados internacionais.

O ministro também garantiu que a inflação, que segundo analistas do mercado financeiro superará neste ano a meta máxima de 6,5% fixada pelo governo, não chegará a esse nível e se manterá sob controle.

“Tenho certeza de que vamos terminar este ano dentro do limite de 6,5%”, declarou Mantega, rebatendo assim o resultado de uma pesquisa feita pelo Banco Central entre analistas financeiros que previram uma inflação de 6,51% em 2014.

Segundo Mantega, os 2,18% de inflação registrados no primeiro trimestre deste ano obedecem a “fatores climáticos”, como uma intensa seca em zonas produtoras de alimentos, que pressionaram os preços. No entanto, ele disse que, com uma já prevista estabilização das chuvas, melhorarão os níveis de produção, e assim a inflação começará a ceder.

“Em maio ou junho, a inflação será mais baixa” e “assim se manterá até o fim do ano”, assegurou. EFE

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