Meirelles prevê crescimento de mais de 3% em 2018

  • Por Estadão Conteúdo
  • 21/03/2017 15h29
Brasília - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, fala durante reunião com o presidente interino Michel Temer e líderes empresariais de vários setores produtivos, no Palácio do Planalto (José Cruz/Agência Brasil) José Cruz/Agência Brasil Henrique Meirelles

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, acredita que a economia brasileira já opera em ritmo “levemente positivo” e deve encerrar o quarto trimestre com ritmo de crescimento de 2,7% na comparação com igual período de 2016. “A taxa anualizada – ou seja, se repetir a taxa do último trimestre no ano todo – significa crescimento de mais de 3% em 2018”, disse Meirelles.

Ao participar de palestra do Council of the Americas organizado em Brasília, o ministro da Fazenda disse que a “boa notícia” é que “nós já prevemos o primeiro trimestre levemente positivo”. 

Um dos exemplos dessa recuperação da economia é a queda dos indicadores de risco sobre a economia brasileira. “Na medida que começaram a apresentar a perspectiva de um novo governo com medidas de austeridade, nós tivemos recuperação bastante rápida”, disse, ao comentar a evolução de indicadores econômicos como o risco medido pelos contratos de CDS e a confiança na economia. “A taxa de risco pelo CDS chegou a crescer e atingir 500 pontos e passou a cair rapidamente. Foi uma recuperação muito rápida a partir de um ano atrás”.

Meirelles chegou cerca de 15 minutos atrasado ao evento e explicou que estava no Congresso no esforço de convencimento dos parlamentares sobre a importância da Reforma da Previdência. Ele esteve reunido por mais de três horas com a bancada de deputados federais do PSDB. “Semana passada, estive com o PMDB, PSB, PP, PSD e, agora à tarde, me encontrarei com o DEM e já marcamos com o PV”. 

Para exemplificar a importância da reforma, Meirelles disse que, sem a reforma, o aumento do gasto com a Previdência exigiria aumentar a carga tributária em cerca de 10 pontos porcentuais em uma década. A conta é feita com base na premissa de que, sem as mudanças, as despesas previdenciárias alcançariam o equivalente a 25,4% do Produto Interno Bruto e, com a reforma, a despesa iria para 15,4% no mesmo período. “Então, temos 10 pontos de diferença”. 

Durante a palestra, o telefone celular do ministro tocou e ele interrompeu a palestra por alguns segundos. Ao se afastar do microfone, o ministro disse que a ligação era importante e seria curta. Após atender rapidamente e trocar algumas palavras, Meirelles voltou ao microfone segundos depois.

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