Meirelles reitera que espera aprovação de reforma da Previdência ainda em 2017

  • Por Estadão Conteúdo
  • 21/08/2017 16h46
BRA01. BRASILIA (BRASIL), 24/05/2014.- El ministro de Hacienda de Brasil, Henrique Meirelles, participa de una rueda de prensa en el Palacio de Planalto en Brasilia (Brasil) hoy, martes 24 de mayo de 2016, para anunciar las medidas que el Gobierno brasileño enviará al Congreso con la intención de limitar el crecimiento del gasto público, entre otras medidas para recuperar la economía del país, que enfrenta una grave recesión. EFE/FERNANDO BIZERRA JR EFE/FERNANDO BIZERRA JR Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, ressalta que a proposta do novo Refis deve ser enviada à Câmara em breve

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, reiterou nesta segunda-feira, 21, a confiança na aprovação da reforma da Previdência neste ano, embora tenha reconhecido que o tema é “controverso”. Após participar de almoço na editora Abril, na capital paulista, Meirelles disse ver em mais de 50% a chance de a proposta de mudança nas aposentadorias passar até o fim do ano no Congresso e reafirmou que a matéria deverá avançar junto com a reforma tributária, próxima frente a ser atacada pelo governo

“Vai haver debate grande. É controverso, mas é importante para o País que o problema seja enfrentado. Não adianta não fazer agora e ter que fazer daqui dois anos, ou fazer uma reforma muito mitigada, podendo ter que fazer outra depois”, comentou o titular do ministério da Fazenda.

Meirelles disse também trabalhar com a perspectiva de aprovação da nova taxa de juros cobrada do BNDES, a TLP, que visa a eliminar os subsídios implícitos nos financiamentos do banco. Ele adiantou ainda que a proposta do novo Refis deve caminhar na Câmara em uma ou duas semanas.

O novo Refis, no qual o governo espera levantar R$ 10 bilhões, e a reoneração da folha de pagamento, junto com a relicitação das hidrelétricas da Cemig, dão, conforme Meirelles, segurança de que o governo conseguirá cumprir com as metas fiscais anunciadas recentemente.

Meirelles fez os comentários pouco antes de o desembargador Souza Prudente, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), decidir suspender por liminar o leilão das usinas de Jaguara, São Simão, Miranda e Volta Grande, da Cemig, que aconteceria na terça-feira, 22. A Advocacia-Geral da União (AGU) informou ao Broadcast Político (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado) que deve recorrer ainda nesta segunda-feira.

O ministro garantiu que aumentos de impostos estão fora de cogitação no momento e avaliou que a economia brasileira voltou a crescer em ritmo normal de processos de recuperação. Ele destacou que o crescimento indicado pelo IBC-BR no segundo trimestre é um dado importante porque muitos economistas previam um resultado negativo no período. “O País está claramente crescendo e vamos entrar em 2018 crescendo a um ritmo entre 2,5% e 3% ao ano”, assinalou Meirelles.

Sobre as especulações de que pode lançar candidatura à Presidência no ano que vem, o ministro respondeu que está “totalmente concentrado” na tarefa atual. “O importante é que o Brasil volte a crescer, volte a criar empregos e etc. Essa é a minha responsabilidade e estou trabalhando 100% do tempo nela.”

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