Mercado imobiliário volta a crescer após 3 anos de recuo, diz Secovi-SP

  • Por Jovem Pan com Estadão Conteúdo
  • 21/02/2018 08h22 - Atualizado em 21/02/2018 08h23
Fernanda Carvalho/ Fotos Públicas Fernanda Carvalho/ Fotos Públicas O mercado na capital paulista chegou a uma inflexão após três anos marcados por uma forte retração

Após três anos consecutivos em baixa, o mercado imobiliário da cidade de São Paulo voltou a crescerno ano passado. As vendas de imóveis atingiram 23.629 unidades em 2017, expansão de 46,1% em relação a 2016. Os lançamentos de novos projetos totalizaram 28.657 unidades, aumento de 48,0%, e R$ 13,8 bilhões em valor geral de vendas (VGV), avanço de 29%.

A pesquisa foi divulgada nesta terça-feira, 20, pelo Sindicato da Habitação do Estado de São Paulo (Secovi-SP) e considera apenas os imóveis residenciais novos. O avanço dos lançamentos e das vendas ficou bem acima da projeção inicial divulgada pela instituição no início de 2017, que apontavapara um crescimento de 5% a 10% no ano.

O mercado na capital paulista chegou a uma inflexão após três anos marcados por uma forte retração.

As vendas na cidade caíram de 33,3 mil unidades (2013) para 21,6 mil (2014), 20,1 mil (2015) e 16,0 mil (2016). Por sua vez, os lançamentos recuaram de 34,2 mil (2013) para 34,0 mil (2014), 23,0 mil (2015) e 17,6 mil (2016). Com isso, o setor registrou, em 2016, a menor quantidade devendas e lançamentos da série histórica, iniciada em 2004.

“Os números do mercado imobiliário em 2017 nos surpreenderam”, avaliou o presidente do Secovi-SP, Flávio Amary, durante entrevista à imprensa.

O executivo atribuiu o forte crescimento do setor à recuperação da economia brasileira, com redução dos juros e estabilidade no nível de empregos, ajudando a recompor parcialmente a confiança deconsumidores. “Houve uma melhora do cenário macroeconômico. Vemos nos plantões de venda apercepção de melhora entre os consumidores e o aumento da confiança em assinar o cheque”, comentou.

Amary também disse que parte significativa dos novos projetos está relacionada ao crescimento do Minha Casa Minha Vida, que tem demanda mais aquecida e boas condições de crédito. O programahabitacional foi responsável por 4.154 lançamentos em São Paulo em 2016, ou 23% do total. Já em 2017, essa participação subiu para 10.343 unidades, 36% do total.

O presidente do Secovi-SP observou ainda que o preço das moradias, em geral, não tem subido no mesmo ritmo do reaquecimento do mercado. “Os preços ainda não estão acompanhando arecuperação, eles seguem estáveis. Algumas regiões têm os mesmos preços de meses ou até anos atrás. Essa conjunção toda faz com que o momento seja propício para a aquisição de imóveis”, disse.

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