Ministros de Economia se reúnem para alavancar o Banco do Sul

  • Por Agencia EFE
  • 25/07/2014 22h43

Buenos Aires, 25 jul (EFE).- Ministros de Economia e Finanças sul-americanos “avançaram na iniciada do Banco do Sul” e analisaram a situação econômica e regional durante um encontro realizado nesta sexta-feira em Buenos Aires.

Representantes de Brasil, Argentina, Bolívia, Equador, Paraguai, Uruguai e Venezuela, os países integrantes do Banco do Sul, participaram da Quarta Reunião do Conselho Sul-Americano de Economia e Finanças e a Segunda Reunião do Conselho de Ministros da União de Nações Sul-Americanas (Unasul).

No encontro, realizado na chancelaria argentina, o ministro da Economia argentino, Axel Kicillof, advertiu que “a etapa de forte crescimento dos países da Unasul se viu ameaçada pelos movimentos vinculados às crises nos países centrais”, informou a agência oficial “Télam”.

Kicillof ressaltou também que é necessário impedir que “os países centrais transfiram seus problemas aos emergentes”.

Os participantes do encontro concordaram que o Banco do Sul “ganha força” a partir do recente lançamento do Banco de Desenvolvimento dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul), que tem como objetivo financiar obras de infraestrutura e desenvolvimento nos países emergentes.

A chancelaria argentina informou dois dias atrás que os ministros validariam decisões adotadas pelo Conselho de Administração da entidade, que se reuniu na quarta-feira passada, também em Buenos Aires, mas a pasta das Relações Exteriores evitou hoje dar mais detalhes sobre a reunião.

Entre as questões previstas estavam as relações de empregados para ocupar os cargos do Diretório Executivo da entidade, o cronograma e a modalidade de fornecimento de capital por país e a lista dos membros do comitê que nos próximos três meses estabelecerá junto com o Diretório as bases da operatória com a qual trabalhará a instituição.

O Banco do Sul, cujo convênio constitutivo entrou em vigência em abril de 2012, foi criado para financiar na América do Sul projetos de expansão e conexão da infraestrutura e cadeias produtivas em nível regional.

Foi uma iniciativa do falecido presidente venezuelano Hugo Chávez que foi oficializada em fevereiro de 2007 quando assinou com o então líder argentino, Néstor Kirchner, o memorando para sua criação, com o objetivo de criar uma alternativa aos organismos tradicionais de crédito.

Em dezembro daquele ano, o projeto da entidade foi iniciado formalmente em Buenos Aires por líderes e autoridades dos sete países fundadores, enquanto em setembro de 2009, esse grupo de nações assinou na venezuelana Ilha Margarita o convênio constitutivo do Banco do Sul.

A ata de constituição da entidade estabelece que o banco contará com recursos autorizados de até US$ 20 bilhões e um capital assinado de US$ 10 bilhões.

No último mês de maio, representantes de Brasil, Argentina, Bolívia, Equador, Paraguai, Uruguai e Venezuela, os países integrantes do Banco, se reuniram no arquipélago equatoriano de Galápagos, em paralelo a uma reunião da Unasul, para impulsionar a iniciada da entidade. EFE

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.