Número de vagas na indústria despenca

  • Por Jovem Pan
  • 12/07/2014 10h10

O último ano do Governo Dilma deve ser o pior deste século para o emprego industrial, diz Rogério Cesar de Souza, economista do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI). Ele salienta que o número de vagas nas fábricas despenca de ano para ano. Ele está consternado com a queda de 0,7% de maio e o acumulado de 2,2% neste ano, o pior resultado em 32 meses.

“Em 2012 o emprego industrial recuou 1,4% e em 2013 continuou a cair 1.1%, ou seja, dois anos consecutivos de queda. E no acumulado desse ano, de janeiro a maio, tem uma queda mais acentuada, 2,2%. Nesse ritmo, vai se configurando 2014 como um dos piores anos do mercado industrial”, argumenta ele, demonstrando o enfraquecimento do setor. 

Já o economista Fernando Ferreira enfatiza que o sobe e desce das ações na Bovespa reflete a esperança de mudança no Governo. Ele acredita que a probabilidade de ação de um Governo Novo é mais forte do que a especulação de alguns investidores: “A decepção foi tão grande que se a for em parte repassada para o quadro eleitoral, a probabilidade aumenta. É uma questão matemática, a gente vai ter um aumento de probabilidade de mudança e os ativos recuperam na mesma proporção. É uma nova realidade que pode realmente acontecer”.

Ferreira acrescenta que a deterioração dos números da indústria podem influenciar a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) na semana que vem. O economista destaca que não vai se surpreender se o Banco Central sinalizar agora a derrubada do juro para estimular a economia.

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