Padilha diz que “se não restar outro caminho” pode haver aumento de impostos

  • Por Estadão Conteúdo
  • 25/07/2016 16h10
Brasília - Ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha acompanhado do deputado Paulo Pereira, da Força Sindical, durante coletiva (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil) Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr ministro da Casa Civil

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou nesta segunda-feira, 25, que o “maestro” da política econômica é o presidente em exercício, Michel Temer, e que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, está correto ao dizer que a criação de impostos será uma “última alternativa” para o reequilíbrio das contas. “Governo toca com o maestro que chama Michel Temer e a equipe econômica, toda ela, vai no rumo daquilo que o presidente tem colocado. Claro que presidente ouve os técnicos, mas a decisão sempre é do presidente”, disse. “E o ministro Meirelles está dizendo o que é verdade: se não tem outro caminho (pode ter aumento de imposto). Ele tem razão sim, ele é o responsável por manter as contas em dia”, completou.

Padilha disse que é natural que a Fazenda faça com periodicidade reavaliações sobre o cenário econômico. “Esse é o papel, ele (Meirelles) faz bem, ele tem que avaliar o cenário, a cada bimestre faz um relatório”, disse, referindo-se ao relatório de despesas e receitas do governo. 

O ministro ressaltou que ele não estava “falando nada em aumento de imposto” e que isso será uma alternativa em “último caso”. “O presidente Michel disse que, em último, quando não tiver outra alternativa”, disse, destacando que essa é a mesma opinião de Meirelles. 

Apesar de ter dito que Temer é o “maestro” do governo, Padilha ponderou que o ministro da Fazenda é que cuida das contas e a “palavra dele é absolutamente lei”. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Meirelles afirmou que, se o Congresso não aprovar a PEC que limita o teto dos gastos, o País sofrerá com aumento de impostos e juros. “O que ele disse é o que o governo vai fazer. Eu pessoalmente, que também cuido da área política, eu confio muito de que nós vamos aprovar todas as medidas com quórum de mais de dois terços”, destacou.

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