Países ainda não receberam do Irã compromissos requeridos, dizem negociadores

  • Por Agencia EFE
  • 01/04/2015 16h13

Washington, 1 abr (EFE).- As seis grandes potências mundiais que seguem negociando nesta quarta-feira em Lausanne (Suíça) com o Irã sobre seu programa nuclear ainda não receberam do país “os compromissos específicos e tangíveis” necessários para fechar um acordo, segundo a Casa Branca.

O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, comentou, no entanto, em sua entrevista coletiva diária, que as conversas “continuam sendo produtivas” e foram feitos “progressos”, mas não quis dizer se haverá prolongamento das mesmas, após ter finalizado, à meia-noite da quarta-feira, o prazo oficial estipulado para conseguir um entendimento.

Earnest reiterou, da mesma forma que ontem, que os Estados Unidos não romperão “abruptamente” com as negociações se enxergar seriedade nelas, mas ao mesmo tempo estão preparados para abandonar o diálogo com o Irã se o considerar “estagnado”.

Os “compromissos sérios” que o chamado Grupo 5+1 (EUA, o Reino Unido, França, China, Rússia mais Alemanha) espera do Irã “neste momento não estão finalizados”, mas os negociadores continuam “trabalhando duro”, acrescentou Earnest.

O porta-voz disse também que o presidente de EUA, Barack Obama, falará publicamente sobre este assunto uma vez que as negociações em Lausanne terminem, com ou sem acordo.

Há uma semana, na rodada final das negociações, o Grupo 5+1 trata de fechar em Lausanne um acordo marco com o Irã que ponha fim a uma década de disputas sobre o programa nuclear desse país, mas na noite da quarta-feira venceu o prazo fixado para conseguir esse objetivo, sem resultados.

Desde Lausanne, o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, disse hoje que as conversas serão prorrogadas até amanhã, quinta-feira.

Após fechar um acordo marco político sobre o programa nuclear iraniano, do qual Teerã assegura que não tem intenções militares, os negociadores teriam até o final de junho para concretizar os detalhes técnicos. EFE

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